Enquanto Disney+ perde assinantes, Netflix anuncia economia de US$ 300 milhões
Levantamentos apontam que o streaming da Disney já perdeu mais de 4 milhões de assinantes em alguns meses.
Têm sido amplamente divulgado pela imprensa norte-americana alguns supostos planos de contingência de empresas de streaming, sobretudo o Disney+, streaming exclusivo para produções da empresa do Mickey Mouse, e a Netflix.
Para se ter uma ideia, segundo informou o Wall Street Journal, um periódico especializado em notícias do mercado financeiro, a Netflix pretende economizar US$ 300 milhões em 2023.
De acordo com o jornal, os esforços da empresa são para conter gastos excessivos e assim reverter o declínio no número de assinantes que está sendo sentido em países como a Espanha.
A empresa Kantar, que é especializada em análises de mercado, informou recentemente que, segundo alguns dos seus levantamentos, a Netflix perdeu mais de um milhão de assinantes apenas na Espanha depois que decidiu reprimir o compartilhamento de senhas.
O compartilhamento de senhas é uma prática muito comum entre os assinantes da plataforma, mas agora está no foco da discussão. O objetivo da Netflix com a repressão à ela é o de “forçar” aqueles que querem assistir o conteúdo a assinar um dos seus pacotes.
Enquanto a Netflix tenta conter gastos e arrumar a casa, o CEO da Disney, Bob Iger, anunciou que novas medidas vão ser tomadas para reverter a perda de mais de quatro milhões de assinantes que o Disney+ teve recentemente.
Conforme disse o executivo, uma das principais cartas na manga da empresa é a tentativa de aumentar o valor dos contratos com anunciantes para cobrir parte da lacuna financeira deixada pela perda de assinantes.
Por outro lado, especialistas avaliam que essa medida pode piorar ainda mais a situação da empresa, uma vez que aumentar o preço dos anúncios vai interferir, de um jeito ou de outro, no preço das assinaturas do streaming, o que pode irritar os assinantes que ainda resistem.
Alguns especialistas apontam que essas e outras pequenas crises dos serviços de streaming tendem a cansar os consumidores, que estão mais propensos a “voltar” à TV a cabo e abandonar as plataformas.
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