Entenda os motivos da paralisação dos recenseadores

Os trabalhadores do Censo 2022 levantaram diversas pautas para cobrar do IBGE melhores condições de trabalho.

Os recenseadores que foram chamados para trabalhar no Censo de 2022, estavam organizando uma paralisação para esta quinta-feira (1), com o objetivo de exigir do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), que seja cumprido uma série de pautas informadas pela categoria, e a principal delas é o salário atrasado, que ainda não foi pago.

Essa paralisação por enquanto, se resume somente no estado de São Paulo, mas por conta das redes sociais. as pessoas que estão trabalhando para auxiliar o recenseamento brasileiro, já começaram a se organizar melhor para que outras greves, futuramente, venham ocorrer em todo o Brasil.

Conforme informações passadas pela União Nacional dos Recenseadores, aproximadamente seis mil pessoas que estavam trabalhando e que colheriam os dados do Censo 2022, acabaram desistindo do serviço por conta da atual condição de trabalho presenciada por eles. A ajuda de custo que diz respeito ao treinamento da categoria, que aconteceu nos meses de junho e julho deste ano, não foi recebida pelos recenseadores até hoje.

O IBGE, que é o órgão responsável pelo edital das contratações de seis mil pessoas para o trabalho, admitiu sim que existem atrasos. “Nós do IBGE reconhecemos os atrasos e pedimos desculpas por conta dessa demora na liberação do pagamento do trabalho de coleta dos recenseadores. O instituto também informa que se compromete em reduzir os prazos para pagamento dos valores pendentes”, foi informado em nota.

Além dessa ajuda de custo e da remuneração ofertada para os recenseadores, eles também estão solicitando que o vale-transporte seja pago de forma antecipada e que os cidadãos que estão se recusando a atender os trabalhadores do Censo 2022 pudesse receber comunicação extrajudicial.

Agora, para os próximos três meses, os recenseadores precisam visitar cerca de 75 milhões de casas espalhadas pelo país. O levantamento já era para ter acontecido anteriormente, no ano de 2020 mas ele acabou sendo adiado por conta da pandemia da COVID19. No ano de 2021, por conta dos cortes frequentes no orçamento, que foram promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro, impediram que fosse realizado o exame.

O Censo Demográfico é realizado desde o ano de 1872 no nosso país, e desde 1920 acontecia decenalmente, ou seja, sempre no começo das décadas. Antes do ano de 2020 a pesquisa já tinha sido adiada outras duas vezes, uma em 1930 e a outra em 1990, que foi prorrogada para 1991 por conta de um atraso no governo de Fernando Collor que queria evitar a contratação dos recenseadores.

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