O TOC e a sua ligação com o uso excessivo das telas pelos jovens
Confira os riscos do uso constante de telas pelos jovens.
Passar muito tempo no celular assistindo vídeos ou jogando na frente da TV pode aumentar os riscos dos jovens desenvolverem TOC (Transtorno obsessivo compulsivo) depois de alguns anos. Continue lendo para entender essa relação.
Por que é um risco?
O tempo excessivo do uso de telas, em especial no período da pandemia, pode ser associado a problemas de saúde psicológica. Estudos mostram que esse uso excessivo pode causar transtorno obsessivo compulsivo em pré-adolescentes.
O tempo de uso das telas de fato dobrou durante o período pandêmico, afinal, por causa da falta de atividades externas, as pessoas passaram a usar mais a tecnologia para passar o tempo. Porém, este passatempo foi associado a problemas de saúde mental e aumento no estresse, além de transtornos alimentares como a compulsão alimentar e distúrbios de comportamento disruptivo.
Em um estudo feito pelo Journal of Adolescent Health, cerca de 9.200 crianças de 9 e 10 anos relataram quanto tempo passam por dia em atividades ligadas ao uso das telas. Isso inclui assistir vídeos, jogar, assistir filmes ou programas televisivos, enviar mensagens de texto e usar as mídias sociais. Cada criança que participou da pesquisa utilizou as telas pelo tempo médio de 3,9 horas por dia.
Alguns anos depois, os pais dos pré-adolescentes foram questionados pelos pesquisadores sobre os sintomas do transtorno obsessivo compulsivo. O TOC consiste em ter pensamentos incontroláveis e irracionais, que causam comportamentos compulsivos.
Jason Nagata, assistente de pediatria na Universidade da Califórnia em San Francisco, explica: “Crianças que passam muito tempo jogando videogame relatam sentir a necessidade de jogar cada vez mais e não conseguem parar, apesar de tentar”.
Mas o ato de assistir a programas de televisão ou filmes não foi associado ao aumento do risco de TOC. Porém, o transtorno está também associado ao tempo de tela, como mensagens de texto e mídias sociais.
“Embora o tempo de tela possa trazer benefícios importantes, como educação e maior socialização, os pais devem estar cientes dos riscos potenciais, especialmente para a saúde mental”, ressalta Nagata. Para combater o problema, ele sugere: “As famílias podem desenvolver um plano de uso de mídia que pode incluir horários sem tela, inclusive antes de dormir”.
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