A utilização de uniformes escolares pode afetar o processo de aprendizagem?

Uma escola secundária de Wermelskirchen, na Alemanha, vetou o uso de calças de moletom por seus alunos e alunas. Segundo a direção da instituição de ensino, o uso desse tipo de calça, em vez de uniformes mais tradicionais, pode interferir na capacidade de aprendizado dos estudantes.

Diferente do que acontece noutros países da Europa, como os integrantes do Reino Unido e países da Escandinávia, como Suécia e Noruega, na Alemanha os uniformes escolares não são obrigatórios.

Apesar das fortes críticas que vem recebendo da mídia, a escola de Wermelskirchen segue firme na decisão tomada e no posicionamento adotado.

O uso do uniforme escolar pode interferir no aprendizado?

A resposta é um seguro não. O uso de uniformes escolares nada tem a ver com a capacidade de aprendizado dos alunos.

Entretanto, vale destacar que esse costume adotado há séculos é uma forma de organizar o dia a dia escolar, o que, de certa forma, pode contribuir para a disciplina dos alunos, sobretudo os mais jovens.

Não apenas o uso, mas também o formato dos uniformes, varia de país para país, sendo mais formal em alguns lugares e mais descontraído em outros.

Como exemplo, as escolas da Inglaterra já utilizam uniformes desde o século 16. As peças que compõem esses uniformes geralmente são de estilo social, incluindo blazers e coletes para meninos e saias pleat (plissada) para meninas.

Já em alguns países asiáticos, como China, Japão e Malásia, as exigências do uniforme chegam até mesmo ao tipo de corte de cabelo utilizado pelos estudantes.

Na Malásia e na China, por exemplo, os meninos não podem usar cabelos compridos, enquanto as meninas devem usar penteados mais sóbrios, como rabo de cavalo e coque.

Apesar da rigidez, os fatores determinantes para o sucesso de um estudante são o seu nível de disciplina estudantil, o estudo assíduo e a dedicação às disciplinas repassadas pelos professores.