Escola rural brasileira é eleita melhor construção arquitetônica do mundo
Instituição atende crianças carentes que moram em aldeias e locais remotos do Tocantins.
Uma escola brasileira conquistou uma das premiações internacionais de maior destaque: Prêmio Internacional RIBA 2018. O complexo foi considerado a melhor construção arquitetônica do mundo. O projeto, feito pelo arquiteto Marcelo Rosembaum e pelo grupo Aleph Zero teve foco na sustentabilidade e se inspirou na cultura indígena.
A Vila das Crianças é um complexo escolar que oferece hospedagem para 540 crianças em idade escolar na Escola Canuanã. Gerido e financiado pela Fundação Bradesco, é uma das quarenta escolas que oferecem educação para crianças carentes locais, que não pagam nada pelos serviços
A fundação possui uma grande fazenda em Formoso do Araguaia, onde esta escola é baseada, e oferece acomodação para trabalhadores rurais, professores, crianças e adolescentes com numerosos edifícios escolares, um refeitório e um pequeno hospital. Os estudantes recebem 6 refeições diárias e vão para suas casas nos fins de semana.
O Prêmio Internacional RIBA é concedido a cada dois anos para um edifício que exemplifique a excelência em design, ambição arquitetônica e ofereça um impacto social significativo. É um dos prêmios de arquitetura mais rigorosamente julgados do mundo, com todos os edifícios visitados por um grupo de especialistas internacionais.
A Vila das Crianças foi escolhida a partir de uma lista de quatro novos edifícios excepcionais por um grande júri presidido pela renomada arquiteta Elizabeth Diller.
De acordo com Aleph Zero, a estrutura foi pensada para agregar valor de um lar, já que as crianças e jovens ficam muito tempo longe de suas famílias. “A organização em aldeias baseia-se, em primeiro lugar, na necessidade de agregar valores a todo o complexo existente, bem como potencializar a ideia de pertencimento dos alunos a escola Canuanã. Desmistifica-se o status da escola como o único espaço de aprendizado e se transforma em um território com valor de lar”.
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