Escolas cívico-militares de Minas Gerais serão mantidas com o apoio do Corpo de Bombeiros
Após a controversa decisão do MEC de eliminar o programa de criação de escolas cívico-militares no país, MG decidiu manter um programa próprio, em parceria com o Corpo de Bombeiros do estado.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), anunciou nesta quinta-feira (13) que dará continuidade ao sistema de escolas cívico-militares em algumas instituições da rede estadual, seguindo o exemplo de outros estados como Goiás e São Paulo.
Com a medida, as escolas que já faziam parte do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (PECIM) continuarão aplicando a gestão com o auxílio do Corpo de Bombeiros.
O PECIM é uma iniciativa implementada durante o governo Bolsonaro, que está em funcionamento em nove escolas do estado de Minas Gerais desde 2020.
O decreto para a continuidade do programa foi emitido após o comunicado nacional do Ministério da Educação anunciar o encerramento gradual das escolas cívico-militares em todo o país até o final do ano letivo de 2023.
De acordo com o portal de educação de Minas Gerais, essas escolas atendem cerca de 6 mil estudantes. Segundo a SEE-MG, o modelo cívico-militar tem mostrado resultados positivos: a taxa de aprovação nessas escolas aumentou desde que o programa foi implementado, ficando acima de 80%.
Parceria com o Corpo de Bombeiros
Outro ponto importante do comunicado é que, a partir de 2024, a Secretaria de Estado de Educação e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) farão uma gestão compartilhada nas unidades de ensino que já funcionam com o sistema de ensino do PECIM.
Eles esperam que a parceria consiga estabelecer atividades complementares semelhantes às do PECIM e que envolvam o corpo docente da escola e os monitores da CBMMG.
Entre as escolas, a Escola Estadual Governador Bias Fortes, localizada em Santos Dumont, ainda está passando pelo processo de implementação. No entanto, também deverá continuar com o modelo educacional.
Vale destacar que, até o fim de 2023, o PECIM ainda será um programa gerenciado pelo MEC. O ofício do Governo Federal determinou que o fim da iniciativa será feito de forma gradual.
Assim, está garantida “a normalidade das ações educativas no restante deste ano letivo de 2023. No próximo semestre, portanto, as atividades nas escolas do Estado que integram o Pecim deverão ser mantidas sem comprometer o cotidiano das escolas”, conforme comunicado do MEC.
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