Escolas cívico-militares vão continuar em 19 estados, incluindo SP, MG e DF
Os respectivos governadores manifestaram-se contra ao fim do Pecim e afirmaram que continuarão com o projeto. Saiba mais!
A decisão de extinguir o Programa de Escolas Cívico-Militares (Pecim), tomada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), provavelmente terá impactos limitados na maioria dos estados que aderiram ao referido modelo de ensino.
Segundo um levantamento realizado pelo Poder360, somente o estado de Alagoas confirmou que encerrará totalmente a participação de militares nas escolas.
Pelo menos 19 estados têm a intenção de manter ou readequar o modelo, enquanto outros 7 ainda não chegaram a uma decisão.
Na última quarta-feira, 12, o governo anunciou a extinção do programa criado em 2019 durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Esse programa envolvia a participação de profissionais civis na área pedagógica das escolas, enquanto os militares, como policiais, bombeiros ou membros das Forças Armadas, atuariam na parte administrativa das instituições de ensino.
No ano passado, de acordo com os dados do Ministério da Educação, aproximadamente 200 escolas em todo o país adotaram o modelo cívico-militar, impactando a rotina de 120 mil alunos. A maior concentração dessas escolas está localizada na região Sul do Brasil.
Governadores posicionaram-se contra à extinção do Pecim
É válido ressaltar que alguns governadores, eleitos com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, têm se posicionado de forma mais enfática em relação ao fim do programa do governo federal.
Um exemplo é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos. Ele afirmou que pretende editar um decreto para regulamentar um programa próprio em substituição ao Pecim.
No Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) manifestou-se a favor da continuação do Pecim. O mesmo posicionamento foi adotado pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL). Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema também declarou que as escolas cívico-militares continuarão em funcionamento.
De acordo com especialistas em educação, a postura dos governadores pode ser positiva, à medida que novos recursos, dessa vez estaduais, serão injetados na educação brasileira.
Comentários estão fechados.