Escolas paulistas registram o maior índice de agressões a professores desde 2014
No primeiro trimestre deste ano, 64 casos foram registrados na rede pública estadual, conforme números levantados na Lei de Acesso à Informação.
Casos de agressões a professores da rede pública estadual paulista cresceram, assustadoramente, em 2018. Em matéria noticiada pelo Portal G1, números levantados pela Globonews mostram que, no primeiro trimestre deste ano, 64 casos já foram registrados, contra 251 durante todo o ano de 2017.
Se comparado com dados do mesmo período em anos anteriores, os números tornam-se, ainda mais, preocupantes. Em 2014, o primeiro trimestre registrou 51 casos. Nos três anos seguintes, os registros foram de 38, 40 e cinco ocorrência, até o ano passado. Isso porque, 2017, foi considerado como o que teve maior número de agressões.
Ao longo dos 12 meses, como já citado, o total foi de 251 agressões registradas, o maior índice desde 2014. Porém, o número levantado pelo Registro de Ocorrência Escolar (ROE) mostra que, em 2018, mais de um quarto de ocorrências já foram detectadas, considerando o ano anterior.
O ROE é uma ferramenta on-line que possibilita o registro de ocorrências disciplinares e delituosas em âmbito escolar. Os dados são inseridos pelos diretores de cada instituição de ensino através do portal da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEE SP). A Pasta se manifestou quanto aos dados levantados.
Em nota enviada ao G1, a SEE SP afirma que o estado é “pioneiro no enfrentamento das questões de relacionamento entre professor e aluno, criando em 2009 o Sistema de Proteção Escolar”. O sistema disponibiliza manuais de apoio e professores mediadores dispondo de orientações sobre como tratar o tema.
Quanto aos dados, a Pasta afirma representarem “0,03% do número total de docentes do Estado de São Paulo e não se trata de dados estatísticos já que o ROE – Registro de Ocorrências Escolares é um mecanismo de registro interno da Secretaria de Educação do Estado”. Na mesma nota, a SEE SP frisou apoiar a valorização da carreira docente.
Neste ponto, lembrou a nomeação de 2.165 professores aprovados em concurso público, além de garantir aumento de remuneração a 33 mil profissionais inseridos no Quadro de Apoio Escolar (QAE). Basta, então, aguardar para que as medidas surtem efeito e o relacionamento professor x aluno seja, realmente, de aprendizado mútuo.
Sugiro,se não houver,que seja feita uma cartografia da violência escolar no país,inclusive,para termos a noção de que estados tem esse dispositivo de registro digitalizado e os que não o tem.Penso que tais informações nos serão de grande utilidade para as próximas eleições,tendo em vista que o clamor popular por melhor e mais educação é a tônica da população brasileira,independente de ser de direita ou esquerda,desse ou de outro partido qualquer.
O passo seguinte é conseguir investigar que medidas tem sido tomadas como encaminhamentos dessa violência escolar,para além de discursos articulados.