Críticas ao novo ensino médio fazem MEC abrir consulta pública

Aprovado em 2017, novo ensino médio será implementado em 2024. Especialistas da área criticam o projeto, e MEC tenta reavaliar.

Nesta ultima quinta-feira (9), o Ministério da Educação (MEC) publicou a portaria que garante a consulta pública para que o novo ensino médio seja reestruturado. A aprovação do projeto aconteceu em 2017, quando o ex-presidente Michel Temer estava no governo, e a mudança vem acontecendo de forma gradual desde 2020.

O governo federal recebeu críticas sobre a implementação do novo ensino médio. Especialistas da educação, diretores, professores e os atuantes da área dizem que o sistema é ineficaz e não está de acordo com o básico para estabelecer a educação.

A proposta aumentou a carga horária escolar, alterou o currículo dos anos finais e faz com que o aluno escolha as áreas que deseja trilhar.

Novo ensino médio recebe crítica de especialistas

No início do governo Lula, o MEC recebeu solicitações para que o novo ensino médio fosse revogado. Para tentar chegar a uma conclusão, o ministro Camilo Santana abriu a consulta pública para que a sociedade de um modo geral possa contribuir com a decisão, debatendo sobre a necessidade da reestruturação do novo ensino médio.

Nesta quinta-feira, o ministro Camilo Santana falou sobre a dificuldade que as escolas menores podem encontrar:

“A grande preocupação é como as escolas podem ofertar todos os itinerários. Há uma questão de desigualdade, vamos ver como corrigir isso, vamos aprofundar o debate ouvindo especialistas”, disse o ministro do MEC.

A portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) garante a consulta pública por 90 dias, ainda com a chance de ser prorrogada. A consulta será por meio de palestras, seminários e oficinas por todos os estados.

Além do ensino médio, outra preocupação é com o modelo do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), prova avaliativa pela qual os estudantes têm acesso ao ensino superior público. Caso o novo ensino médio seja efetivo até 2024, o Enem também precisará passar por mudanças.

De acordo com Camilo Santana, o processo está sendo avaliado para ter tempo de realizar as mudanças necessárias e garante que nenhum estudante será prejudicado caso haja mudanças.

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