Esqueço coisas frequentemente: devo estar preocupado?
Neuropsicóloga fala sobre impacto dos esquecimentos na vida diária.
Recentemente, um caso intrigante surgiu, destacando a preocupação com a memória no cotidiano. Uma pessoa relatou seu pânico ao esquecer o nome de um ator de um filme favorito, questionando se deveria estar preocupada com tais lapsos de memória, mesmo que pareçam triviais. Esse incidente levanta a questão da normalidade do esquecimento em nossa vida diária e quando ele se torna motivo de preocupação.
Dra. Carolyn Fredericks, professora assistente de neurologia da Escola de Medicina de Yale, em uma entrevista ao Yahoo Life, abordou esse tópico. Ela explicou que esquecer palavras ou nomes, especialmente os menos usuais, é um fenômeno bastante comum. Fredericks comparou isso ao ato de entrar em um quarto e esquecer o motivo, como por exemplo, para pegar as chaves do carro. Segundo ela, esse tipo de esquecimento tende a aumentar com a idade, mas geralmente não é preocupante.
A neuropsicóloga Karen D. Sullivan, criadora do programa “I Care for Your Brain”, também falou ao Yahoo Life, destacando que a preocupação aumenta quando os esquecimentos impactam as “atividades instrumentais da vida diária” (AIVD), como gerir finanças, tomar medicamentos ou dirigir. Sullivan enfatiza que esses problemas de memória, quando excedem o esperado para a idade da pessoa, devem ser notados por aqueles próximos a ela.
Especialistas aconselham que preocupações com a memória sejam relatadas a um provedor de cuidados primários. Sullivan ressalta a importância de um exame de sangue para excluir problemas médicos comuns que causam esquecimento, como alterações na tireoide ou deficiências vitamínicas. No caso de um teste de triagem cognitiva anormal, a recomendação é o encaminhamento a um especialista.
Sullivan e Fredericks também abordam o fato de que não todas as crises de esquecimento estão relacionadas a condições irreversíveis como o Alzheimer. Existem causas tratáveis, como depressão ou efeitos de medicação, conhecidas como pseudodemências.
Para aprimorar as habilidades de memória, o neurologista Dr. Douglas Scharre sugere atividades estimulantes para o cérebro, como exercícios físicos, socialização, leitura, aprendizado de idiomas e práticas musicais. Ele reforça a ideia de que o uso contínuo de nossa capacidade de lembrar é essencial para manter a mente afiada.
Este caso destaca a linha tênue entre esquecimentos normais e aqueles que requerem atenção médica, lembrando-nos da importância de estar atentos à nossa saúde cognitiva.
* Fonte: Yahoo Life
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