‘Esquema de abate de porcos’: conheça os sinais de alerta e saiba como evitá-lo

O FBI já calculou prejuízo total de US $429 milhões em perdas. Isso equivale a mais de R$2 trilhões de reais.

Fraudadores encontraram, na internet, um ambiente fértil para cometer seus crimes. Nela, é possível aliar-se a hackers que exploram fragilidades no sistema de segurança de bancos. Assim, eles aproveitam para conhecer e abordar pessoas em um tom amistoso e, dessa forma, aplicar golpes que podem ser irreparáveis para muitas vítimas. A fraude de “abate de porcos” é um desses métodos golpistas. Saiba mais sobre esse golpe cibernético:

Esquema de abate de porcos

No Brasil, durante os períodos de festividades de fim de ano (como o Natal e Ano Novo), os cuidados precisam ser redobrados, seja para evitar roubos virtuais ou nas ruas. Isso acontece porque muitos bandidos estão atentos ao período em que as pessoas recebem o 13ª salário, além de benefícios trabalhistas como férias e dissídio salarial.

Com isso em mente, eles arquitetam golpes como o ”pix de natal”, ou agem presencialmente, como o que ficou conhecida como ”Quadrilha do Pix”. Na maioria dos casos, as vítimas são públicos vulneráveis: jovens com pouca capacidade de defesa, adultos solitários e idosos pouco familiarizados com tecnologia.

Porém, as tentativas de golpes financeiros não se limitam a um período do ano, muito menos ao Brasil: no mundo todo, o esquema de abate de porcos está sendo muito discutido e acende um alerta em fintechs, bancos e autoridades de todo o planeta. Saiba mais sobre esse esquema:

O que é o esquema de abate de porcos?

Trata-se de um método de abordagem de possíveis vítimas em aplicativos de conversa, onde é constituído um vínculo de amizade e, logo após isso, o golpista se apresenta como um empresário de criptomoedas bem-sucedido, e que irá ajudá-lo (a) a conquistar essa vida financeira saudável.

Para isso, eles os direciona a um site que parece confiável e idôneo, e estimula a realizar investimentos em criptomoedas, depositando ali o seu dinheiro. Portanto, trata-se de um esquema em que o golpe é mais bem elaborado, leva mais tempo, porém, os prejuízos costumam ser muito maiores.

Como eles abordam as potenciais vítimas?

Os ladrões utilizam aplicativos de bate-papo, como o WhatsApp. Geralmente, a abordagem é fingir que estava falando com alguém pessoalmente e foi continuar a conversa, mas errou o número. Por isso, eles enviam algo como ‘’Olá, Ted! Amei conversar com você. Vamos marcar uma próxima saída!’’ para que você diga ‘’Acho que você errou o número’’ e, assim, ele continue a conversa, como se quisesse fazer um novo amigo.

Quais são as técnicas para gerar confiança?

Para garantir maior confiabilidade, em um primeiro momento, eles podem fazer chamadas de vídeo com você – assim, provam que são pessoas reais, estabelecendo um vínculo real. Uma vez que você se cadastrou no site de criptomoedas, eles permitem que você tenha pequenos retornos financeiros, pois isso irá lhe estimular a investir mais e mais dinheiro. Pessoas nesse estágio, infelizmente, já estão convencidas e sofrem grandes golpes.

Como se proteger?

Não inicie conversas com estranhos. Por mais legal que pareça a abordagem, esse golpe é de difícil identificação, afinal você estabelece um vínculo de amizade e recebe alguns valores de investimento. Então, para se precaver de perdas expressivas, evite seguir dicas de enriquecimento de pessoas que você não conhece pessoalmente.

Qual o público mais escolhido por golpistas?

O público que mais sofre com esses ataques são os idosos e pessoas solitárias de qualquer faixa etária, especialmente as que costumam entrar em chats públicos para fazer amigos. Os prejuízos são, além de financeiros, psicológicos: muitos deles consideravam os golpistas como amigos íntimos. Por isso, autoridades no mundo observam a necessidade de introduzir a educação financeira para a população.

Onde esses golpes são mais frequentes e qual o prejuízo total?

A extorsão digital está acontecendo, nesses moldes, desde aproximadamente 2020, sobretudo na China e países do sudeste asiático, como Camboja, Malásia e Indonésia. Mas países ocidentais também estão, cada dia mais, sofrendo com esses ataques virtuais.

Em 2021, o Internet Crime Complaint Center, órgão do FBI, recebeu cerca de 4.300 denúncias de golpes de abate de porcos. O prejuízo total foi superior a US $429 milhões, cerca de R$ 2 trilhões.

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