ESSA profissão oferece salários de até R$ 38 mil, mesmo assim sobram vagas
Após a pandemia, a demanda por esses profissionais cresceu exponencialmente, fazendo com que os salários cheguem às alturas. No entanto, falta mão de obra qualificada!
Nos últimos dois anos, a valorização da segurança da informação atingiu patamares nunca antes vistos. O setor ganhou destaque após a pandemia, quando as empresas passaram a compreender sua importância.
No entanto, a busca por profissionais qualificados na área não acompanha o ritmo desse crescimento, gerando um déficit global de talentos, conforme revelou um levantamento do Google for Startups.
Os atrativos são evidentes: os salários podem atingir até R$ 38 mil, uma recompensa substancial para o conhecimento e esforço investidos.
O Google for Startups conversou com especialistas em cibersegurança, executivos de grandes corporações e representantes de associações do setor para oferecer orientações práticas sobre como adentrar esse campo promissor.
O que faz um profissional da segurança da informação?
A segurança da informação é a área responsável por gerenciar a proteção de dados sensíveis e informações cruciais das empresas.
Ela auxilia na prevenção de ataques cibernéticos e na implementação de políticas de segurança para mitigar riscos. Termos como “infosec”, “cibersegurança”, “segurança cibernética” e “cyber security” são sinônimos nessa área.
O interesse crescente pela segurança da informação foi despertado em 2017, quando o ataque massivo do vírus WannaCry deixou empresas do mundo inteiro em alerta.
A ameaça demonstrou a vulnerabilidade das organizações frente a ataques virtuais. Apesar disso, a mudança de mentalidade foi gradual e só ganhou força durante a pandemia em 2020, quando as empresas perceberam a fragilidade de suas operações digitais.
O cenário foi ainda mais complexo no Brasil, que teve que se adaptar à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), aumentando a demanda por profissionais de segurança.
Marina Ciavatta, com mais de dez anos de experiência em conscientização sobre segurança da informação, observou que o Brasil enfrenta uma variedade única de problemas relacionados a ciberataques. Isso cria oportunidades para novos profissionais entrarem no setor.
Média salarial
Embora os salários sejam atraentes, o setor enfrenta a dificuldade de encontrar e reter talentos. A rotatividade é alta devido à constante busca por melhores ofertas.
Segundo a Brasscom, associação que representa as empresas de tecnologia, o investimento em segurança cibernética deve crescer 13% no Brasil em 2023, chegando a US$ 13 bilhões.
Profissionais destacam que a cibersegurança é uma das poucas disciplinas em que o salário aumenta com a experiência e as migrações frequentes entre empresas são comuns. Alguns dos maiores salários pagos a profissionais dessa área são:
- Analista de Governança, Risco e Compliance (GRC): de R$ 11.850 a R$ 18.150;
- Especialista de Governança, Risco e Compliance (GRC): de R$ 17.750 e R$ 22.600;
- Pentester: de R$ 13.400 e R$ 18.400;
- Analista de DevSecOps: de R$ 14.650 a R$ 24.500;
- Coordenador de Cibersegurança: de R$ 17.350 a R$ 23.750;
- Gerente de Cibersegurança: de R$ 23.100 e R$ 38.700.
Como entrar nesse mercado?
Quem deseja ingressar nesse campo deve explorar graduações em Tecnologia da Informação (TI) e buscar cursos técnicos em segurança. A participação em eventos de tecnologia é recomendada para networking e desenvolvimento profissional.
Com a crescente demanda, a segurança da informação tornou-se um campo acessível e lucrativo, oferecendo uma variedade de oportunidades para especialização e contribuição em diversos setores.
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