Esses dois estilos parentais devem ser combinados para desenvolver a resiliência em crianças

Muitos pais e mães acreditam que, para criar os seus filhos corretamente, precisam aderir a apenas uma abordagem educacional específica, sem nenhuma variação. Contudo, isso não é tão efetivo, segundo a psicóloga infantil Mona Delahooke.

Se você é sempre mais gentil e responsivo, por exemplo, pode acabar validando demais as emoções de seu filho, o que, no futuro, pode gerar consequências desastrosas.

Por outro lado, se você é um pai ou mãe firme e duro o tempo todo, até com um leve senso autoritário, poderá gerar uma personalidade muito rígida e/ou rebelde nas crianças, o que também não é o ideal.

Na realidade, a melhor abordagem na criação de filhos é combinar diferentes estilos, de acordo Mona Delahooke. Segundo ela, o foco exagerado em estilos parentais únicos tem nos afastado da pergunta mais importante: “O que meu filho precisa agora?”

Nesse sentido, embora seja sempre importante fornecer segurança emocional às crianças, também é necessário ter uma orientação mais rígida e formal. Esse comportamento mescla os dois estilos parentais exemplificados acima.

E, como Delahooke destaca, gentileza e firmeza não precisam ser opostas, elas podem trabalhar juntas para criar um ambiente saudável e positivo para o desenvolvimento dos filhos.

Como ser um pai ou mãe gentil e ao mesmo tempo firme

Ainda segundo as orientações de Mona Delahooke, não há uma forma “ideal” de implantar um estilo parental fluído. Isso pode e deve ser feito da forma que os pais acharem conveniente.

Por exemplo, imagine que seu filho está tendo um ataque porque você e seu parceiro estão saindo para se divertir sem ele. Para esta situação, Delahooke sugere a seguinte abordagem:

1. Ajude seu filho a lidar com suas emoções: em vez de simplesmente repreendê-lo por sua reação, dedique alguns minutos para “co-regular” com ele, mostrando empatia e uma abordagem gentil e cuidadosa;
2. Ensine a babá a agir da mesma forma: Explique à pessoa que cuidará de seu filho enquanto você estiver fora como co-regular após sua partida;
3. Saia normalmente: isso pode levar alguns minutos extras, mas ajudará a construir resiliência na criança por meio de uma abordagem híbrida, permitindo que você aproveite o encontro sem se sentir culpado por isso.

Essa abordagem pode ser aplicada a diversas situações. Por exemplo, você pode expressar empatia por uma criança que está tendo dificuldades para levantar da cama pela manhã, ao mesmo tempo que estabelece que ir para a escola é uma obrigação.

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