Estudo aponta que aromaterapia pode melhorar a cognição de idosos
O uso de difusores de perfume foi fundamental na pesquisa.
Um estudo recente, conduzido pela Universidade da Califórnia em Irvine, analisou 43 adultos entre 60 e 85 anos sem diagnóstico prévio de comprometimento cognitivo ou demência.
Esse grupo recebeu difusores de aromas contendo sete cartuchos de óleos essenciais diferentes, usados todas as noites durante duas horas por seis meses em seus quartos. Vinte participantes receberam cartuchos de fragrâncias fortes, enquanto 23 tiveram cartuchos com vestígios mínimos de odor, constituindo o grupo de controle.
(Imagem: divulgação)
O atual estudo contrasta com pesquisas anteriores que expuseram pacientes com demência a 40 odores diferentes duas vezes ao dia para melhorar a memória e habilidades linguísticas. No entanto, a equipe da Califórnia optou por reduzir a variedade de aromas, expondo os participantes a apenas um de cada vez, ao invés de vários simultaneamente.
Cynthia Woo, uma das autoras do estudo, explicou: “Reduzimos o número de aromas para apenas sete, expondo os participantes a apenas um de cada vez, em vez dos múltiplos aromas utilizados simultaneamente em pesquisas anteriores.”
Os resultados
Apesar da simplificação do procedimento, após seis meses, os participantes do estudo demonstraram uma melhoria considerável em testes de aprendizagem verbal, retenção e memória de reconhecimento. Além disso, relataram ter um sono mais profundo.
Os exames de ressonância magnética revelaram que o grupo exposto a aromas fortes durante a noite tinha uma melhor integridade em uma via cerebral chamada fascículo uncinado esquerdo, uma conexão que enfraquece com a idade e conecta partes do sistema límbico.
Esse estudo comprova a conexão sólida entre aroma e memória, sugerindo que intervenções simples e não invasivas, como a exposição a aromas, podem melhorar a função da memória em idosos e potencialmente ajudar na prevenção da demência.
Inclusive, de acordo com os cálculos dos neurocientistas que trabalharam nesse experimento, a melhoria cognitiva obtida pelos idosos que participaram do estudo atingiu cerca de 226%.
Os pesquisadores afirmam que um produto derivado dessa pesquisa está em desenvolvimento e tem previsão para chegar ao mercado no segundo semestre de 2024, oferecendo um uso pessoal para aproveitar os benefícios dessa descoberta.
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