Estudo mostra o que comer para viver mais

Um novo estudo mostra que pessoas que seguem padrões de alimentação saudável, como consumir frutas, grãos e vegetais, tiveram menor chance de morrer de câncer, doenças cardiovasculares ou respiratórias e doenças neurodegenerativas.

Novo estudo revela como sua dieta pode prevenir doenças

Estudo longitudinal avalia diferentes dietas

O estudo foi publicado na revista Jama Internal Medicine, e os resultados revelam que existe mais de uma maneira de comer bem e conseguir os benefícios dos alimentos. É comum que as pessoas fiquem entediadas com uma maneira só de comer, mas, conforme a pesquisa, é possível criar nossos próprios padrões de alimentação saudáveis. Esses padrões podem se adaptar às nossas individualidades e preferências, às nossas condições de saúde e até à nossa cultura.

Ou seja, se você está acostumado com certa alimentação, é possível que mude ou faça adaptações em sua dieta para outro estilo sem ter grande influência na sua saúde.

Detalhes do estudo

Esse estudo acompanhou o hábito alimentar de cerca de 75 mil mulheres e cerca de 44 mil homens, com duração de 36 anos. Nenhum dos participantes tinha doença cardiovascular e pouquíssimos eram fumantes. Além disso, eles foram acompanhados por formulários alimentados a cada quatro anos.

Uma das dietas presentes nessa população era a Mediterrânea, baseada em frutas, vegetais, grãos, nozes, legumes, peixes e muito azeite. Segundo um dos cientistas responsáveis, esse padrão alimentar apresenta boa fonte de gorduras saudáveis, alimentos à base de plantas e baixo nível de álcool.

A outra dieta presente na população de estudo era à base de plantas, que foca o consumo de vegetais e reduz o consumo de carne animal e de álcool. Também não são consumidos muitos laticínios e peixes.

Comparação entre os dois padrões alimentares

Depois que os padrões alimentares foram pontuados, os participantes foram separados em grupos, desde os que tiveram maior adesão à dieta até os que tiveram menor adesão. O resultado encontrado foi de redução de mortalidade por qualquer causa em cerca de 20% no grupo com maior adesão alimentar.

Além disso, o estudo também revelou que houve redução de morte por doenças crônicas em pessoas que melhoraram sua dieta ao longo dos anos. Também houve redução no risco de doença neurodegenerativa em 7% nesses pacientes, de 6% a 13% de doenças cardiovasculares e até 18% de redução no risco de câncer. O dado mais impressionante é a redução de mortalidade por causas respiratórias, que foi de 35% a 46% entre os participantes que melhoraram sua dieta ao longo dos anos do estudo.

Conclusão do estudo