Estudo revela cursos com alta taxa de desemprego entre graduados
Entre os formados em história, há um alto índice de desemprego na área, enquanto medicina e farmácia lideram em empregabilidade.
A escolha do curso superior pode influenciar significativamente as perspectivas de emprego. Recentemente, o Instituto Semesp conduziu uma pesquisa abrangente sobre a empregabilidade dos egressos do ensino superior brasileiro. O estudo analisou tanto instituições públicas quanto privadas, abrangendo todos os estados.
Os resultados são reveladores, destacando quais cursos oferecem maiores e menores chances de trabalho na área de formação. O levantamento envolveu 5.681 graduados e deu uma visão clara das tendências de emprego no Brasil.
Altos índices de desemprego
Alguns cursos apresentam índices preocupantes de desemprego. História destaca-se negativamente, com 31,6% dos formados sem emprego.
Relações internacionais segue de perto, com 29,4% de egressos desocupados. Outros cursos como serviço social e radiologia também mostram altos índices de desemprego. Veja o levantamento completo:
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História: 31,6% de desempregados;
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Relações internacionais: 29,4% de desempregados;
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Serviço social: 28,6% de desempregados;
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Radiologia: 27,8% de desempregados;
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Enfermagem: 24,5% de desempregados;
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Química: 22,2% de desempregados;
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Nutrição: 22% de desempregados;
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Logística: 18,9% de desempregados;
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Agronomia: 18,2% de desempregados;
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Estética e cosmética: 17,5% de desempregados.
Enquanto em algumas áreas sobram vagas de emprego, em outras faltam – Imagem: reprodução
Campos com maior empregabilidade
Em contraste, áreas como medicina, farmácia e odontologia apresentam altas taxas de empregabilidade.
Tais cursos são conhecidos por sua demanda constante no mercado de trabalho. Medicina lidera com 92% dos formados empregados na área:
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Medicina: 92% de empregados;
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Farmácia: 80,4% de empregados;
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Odontologia: 78,8% de empregados;
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Gestão da tecnologia da informação: 78,4% de empregados;
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Ciência da computação: 76,7% de empregados;
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Medicina veterinária: 76,6% de empregados;
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Design: 75% de empregados;
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Relações públicas: 75% de empregados;
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Arquitetura e urbanismo: 74,6% de empregados;
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Publicidade e propaganda: 73,5% de empregados.
Empregados fora da área de formação
Outra categoria analisada pela pesquisa são os formados que trabalham em áreas diferentes daquelas para as quais se formaram.
Engenharia química lidera esse grupo, com 55,2% dos egressos atuando fora da área inicialmente escolhida.
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Engenharia química: 55,2% em outra área;
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Relações internacionais: 52,9% em outra área;
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Radiologia: 44,4% em outra área;
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Engenharia de produção: 42,4% em outra área;
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Processos gerenciais: 41,2% em outra área;
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Gestão de pessoas/RH: 40,5% em outra área;
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Jornalismo: 40,4% em outra área;
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Biologia: 40% em outra área;
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Química: 38,9% em outra área;
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História: 36,8% em outra área.
Renda média dos egressos
Os formados que atuam na área de formação tendem a receber salários superiores. Em média, ganham 27,5% a mais do que aqueles que atuam em setores distintos de sua graduação.
A renda média de quem trabalha na área de formação é de R$ 4.494, enquanto quem atua fora da área ganha R$ 3.523.
Além disso, 50,7% dos trabalhadores com atividade remunerada recebem entre R$ 3 mil e R$ 10 mil mensais, com média de R$ 4.640.
A modalidade do curso também influencia os salários: formados em cursos presenciais recebem, em média, 22,9% a mais do que os que fizeram EAD.
A pesquisa do Instituto Semesp evidencia a importância de considerar a empregabilidade ao escolher um curso superior.
Enquanto áreas como saúde e tecnologia oferecem boas perspectivas, outras demandam cautela e planejamento adicional.
* Com informações do G1.
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