EUA têm planos (reais) para enfrentar um apocalipse zumbi; entenda o porquê

Em um cenário hipotético, os Estados Unidos elaboraram um plano estratégico para enfrentar um possível apocalipse zumbi. Batizado de Conop 8888, o documento foi desenvolvido pelo Comando Estratégico dos Estados Unidos (USSTRATCOM, na sigla em inglês).

Apesar de sua natureza fictícia, o plano oferece uma visão intrigante sobre as implicações jurídicas e operacionais de uma guerra contra esses mortos-vivos. O documento, lançado em abril de 2011, serve como ferramenta de treinamento militar que projeta habilidades reais de planejamento estratégico.

Embora muitos possam duvidar de sua veracidade, a finalidade principal dele é o treinamento interno sem riscos políticos. Ao usar um cenário fictício, as forças armadas conseguem se preparar para situações extremas, o que garante a prontidão diante de ameaças reais.

Zumbis foram usados em plano de treinamento de militares dos EUA – Imagem: reprodução

Aspectos jurídicos e operacionais

O Conop 8888 aborda as implicações dentro do Direito na defesa contra zumbis.

O plano destaca que as operações militares seriam regulamentadas pelo Direito Nacional e Internacional, aplicáveis apenas à vida humana e animal. Tal abordagem proporciona flexibilidade ao governo para lidar com os zumbis.

Além disso, o documento descreve fases estratégicas, desde a conscientização do público sobre a natureza das criaturas até a reconstrução da autoridade governamental.

Ações coordenadas globalmente também são previstas e incluem a proteção de aliados estrangeiros.

Classificação dos zumbis

O plano Conop 8888 é detalhado, inclusive ao categorizar os diferentes tipos de zumbis que podem surgir. Todos, é claro, vêm de diferentes ficções que já imaginaram essas criaturas.

Zumbis armados (WZ)

Estes são criados por engenharia biológica ou biomecânica para uso como armas biológicas. Se você já jogou as edições da franquia ‘Resident Evil 2’ e ‘Resident Evil 3’, viu exemplos como o Mr. X (também chamado de Tyrant) e o Nemesis, respectivamente.

Zumbis induzidos por simbiontes (SIZ)

Tais seres surgem da introdução de um simbionte em um hospedeiro saudável. Similar ao zombismo patogênico, o simbionte não mata o hospedeiro, mas não há cura após a ocorrência do zombismo.

Zumbis vegetarianos (VZ)

Embora não ameacem humanos, os VZ podem causar desmatamento e eliminar culturas alimentares essenciais, pois consomem plantas. Eles são popularizados no jogo ‘Plants Vs. Zombies’.

Zumbis de frango (CZ)

Documentados pela primeira vez em 2006, esses zumbis surgem quando galinhas velhas passam por um processo de eutanásia malfeito. Após serem enterradas, inexplicavelmente “revivem”.

Zumbis patogênicos (PZ)

Os patogênicos se originam após um micro-organismo infectar o sistema biológico de um organismo vivo, modificando-o significativamente. O processo pode ocorrer pela contaminação por vírus, bactérias e fungos e provoca uma reação em cadeia, afetando funções vitais do hospedeiro.

Um exemplo desses zumbis na ficção aparece no jogo e série ‘The Last of Us’, em que a humanidade sofre com a infecção generalizada do fungo Cordyceps. Tal micro-organismo inclusive existe na vida real e contamina principalmente formigas.

Zumbis de magia maligna (EMZ)

Estes, porém, mais distantes da realidade, consistem em cadáveres revividos por magia negra ou necromancia. Na ficção, é possível encontrá-los no ‘Senhor dos Anéis’ e na animação ‘Vox Machina’.

Zumbis radioativos (RZ)

Os RZ são entidades que se formam após a exposição de um organismo a níveis elevados de radiação. Tal processo altera drasticamente a estrutura biológica original, gerando um zumbi com mudanças comportamentais e físicas significativas.

Dissuasão e ataque anti-zumbi

O plano destaca a fase de dissuasão, fundamental para restaurar a confiança pública na capacidade do governo de lidar com zumbis. Além disso, ações incluem instruções aos militares, varreduras em áreas infectadas e eliminação desses seres.

Embora o Conop 8888 seja peculiar, ele ilustra a criatividade e a inovação no treinamento militar. Apesar de não prever um apocalipse zumbi, é uma ferramenta valiosa para aprimorar as capacidades estratégicas das forças armadas em cenários extremos.

Através desse plano, é possível garantir a prontidão frente a ameaças reais, assegurando a segurança nacional.