A subscrição de cotas de fundos com carteira alocada em startups de base científica e tecnológica. Com esse foco, a Fundação lançou, nesta segunda-feira (18), uma chamada pública para subscrição de cotas em Fundos de Investimento em Participações (FIP) do tipo capital semente/multiestratégia, em fase de captação ou em já em fase de investimentos. Até o próximo dia 25 de outubro, os fundos interessados poderão apresentar proposta, para que a Fapesp se torne cotista, mediante um aporte que pode atingir até R$ 30 milhões.
A iniciativa deflagrada hoje integra a diretriz aprovada pelo conselho superior da Fapesp, tendo em vista investir, nos próximos seis anos, cerca e R$ 150 milhões em empreendimentos que favoreçam a diversificação do apoio ao segmento de pequenas empresas inovadoras ligadas ao Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe).
O foco da fundação é subscrever cotas de fundos com carteira alocada em startups de base científica e tecnológica (as chamadas deeptechs). A ação lançada hoje faz parte da diretriz aprovada pelo Conselho Superior da Fapesp de investir, nos próximos seis anos, R$ 150 milhões em novas iniciativas que visem diversificar o apoio às pequenas empresas inovadoras ligadas ao Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe). Como critério para o aporte de recursos nos fundos selecionados pela Fapesp é que cada parcela da carteira do fundo tenha participações das empresas participantes ou egressas do Pipe.
O diretor-presidente do conselho técnico-administrativo (CTA) da Fapesp, Carlos Américo Pacheco esclarece melhor os termos da proposta da instituição: “Estamos interessados em ouvir propostas de fundos de investimentos cujas teses sejam convergentes com a nossa, que é a de financiar empresas intensivas em tecnologia, sediadas no estado de São Paulo”, ao adiantar que, se “o FIP tiver 10% da carteira alocada em empresas ligadas ao Pipe, nós entraremos com até 10% das cotas do fundo”. Atualmente, o teto para a participação da Fapesp no FIP tem ‘o limite de 15% do capital comprometido de cada fundo ou R$ 30 milhões, o que for menor’.
A respeito dessa determinação, Pacheco acentua que “não queremos nos tornar cotistas majoritários, nem ter uma participação muito concentrada em um fundo porque a ideia é potencializar o modelo de investimento para que mais pequenas empresas cresçam e se tornem S.A. [sociedades anônimas”.
Desde seu lançamento, em 1997, o Pipe foi responsável por apoiar 1.871 empresas, com sede em 167 cidades paulistas. Algumas dessas deeptechs se especializaram no desenvolvimento de tecnologias de exportação. “As empresas do programa se enquadram na categoria de startups de base tecnológica. Nesse contexto, deveriam estar no radar de investidores de venture capital, que tipicamente investem nesses negócios, mas isso não ocorre”, comenta Pacheco.
Comentários estão fechados.