Filária – Tipos, causas, transmissão, sintomas, diagnóstico, filária canina

Filária, Filariose Linfática ou Elefantíase é o nome da doença causada pelo Wuchereria Bancrofti. Ela se propaga pela picada do mosquito contaminado.

A Filária, filariose linfática ou elefantíase é um tipo de doença parasitária crônica, tida como uma das maiores razões de incapacidade a longo prazo, ou até mesmo eterna.

É causada pelo verme nematoide Wuchereria bancrofti e transmitida pela picada do mosquito Culex quiquefasciatus, que estejam infectados com larvas do parasita.

A enfermidade é classificada como uma doença tropical, isso por estar presente nas regiões tropicais e subtropicais do mundo.

Contudo, a filariose não é uma doença nova. Ela é comprovadamente a primeira doença de origem entomológica, ou seja, transmitida por insetos.

Os materiais remetem a sua existência já na Grécia Antiga.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem como meta, em 2020, ter quase que totalmente eliminado a filariose de todo o planeta.

Nos dias atuais, a filariose linfática está em fase de eliminação no Brasil. A área endêmica se limita a quatro cidades da Região Metropolitana do Recife (PE), na região Nordeste: Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista.

Tipos

A filariose é classificada em três tipos, conforme o local de infecção:

  1. Filariose Linfática: O tipo mais conhecido, é por vezes denominado elefantíase. Os vermes responsáveis por sua causa são Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori. Eles se acomodam nos vasos linfáticos e ocasionam linfedema.
  2. Filariose subcutânea: Os parasitas responsáveis são popularizados como “verme da guiné” e “larva do olho”. Esses se armazenam na parte subcutânea da gordura corporal.
  3. Filariose da cavidade serosa: Propiciada pelo microrganismos mansonella perstans e mansonella ozzadi, eles se assentam na cavidade serosa do abdômen.

Causas da filária

O agente causador principal da filariose é o verme Wuchereria Bancrofti. No entanto, Brugia timori e Brugia malayi são também agentes patogênicos.

Transmissão da filária

wuchereria

Vale destacar que a infecção só ocorre se o hospedeiro intermediário, o mosquito, passe o verme para frente. Ela nunca é transmitida de humano para humano.

O Wuchereria Bancrofti passa grande parte da vida hospedado nos seres humanos. Esses vermes se assentam no sistema linfático, envolvendo-se como um novelo, dificultando a circulação da linfa.

A reprodução deles é sexuada, acontecendo após seis meses estarem instalados no corpo humano. Dessa, nascem os filhotes (microfilárias), movimentando-se pelo sangue até alcançar os principais órgãos.

No período vespertino, os vermes se comportam no pulmão e, no noturno, se conduzem pelos sistemas circulatório e linfático.

Ciclo das filárias

ciclo das filárias

Ao picar alguém que contenha as microfilárias, o vetor absorve as larvas. Ao penetrar no organismo do mosquito, as larvas já vão direto para a parede do estômago e  depois para o tórax.

Nesse momento, elas sofrem modificações morfológicas até alcançar um ponto em que passam a ser intoleráveis para o mosquito.

É quando deslocam do tórax, perfurando os lábios do vetor, atraídas pelo calor humano picado.

Ao passo em que a lesão é criada e a filária adentra o orifício, o processo de efetivação do parasita é encerrado.

Assim que adentra o organismo humano, os vermes entram nos vasos linfáticos e se instalam nos lugares de permanência definitiva.

Sintomas da filária

No início, a filária pode ser uma doença sem sintomas (assintomática). Contudo, após a morte do primeiro verme adulto, costumam ser semelhantes a de outras doenças:

  • Febre;
  • Dores musculares;
  • Dor de cabeça;
  • Presença de gordura na urina;
  • Calafrio;
  • Náusea;
  • Sensibilidade dolorosa e vermelhidão ao longo do vaso linfático;
  • Inchaço e aumento de tamanho do membro afetado;
  • Lesões genitais;
  • Acúmulo anormal de líquido (edema) nos membros, seios e bolsa escrotal;
  • Fotofobia (sensibilidade ou aversão à luz);
  • Linfadenite (infecção nos linfonodos).

Diagnóstico

O diagnóstico deve ser feito de maneira específica e detalhada, sendo realizado geralmente pelo clínico geral e o infectologista.

Em geral, o médico deve solicitar exame direto em lâmina, hemoscopia positiva, testes imunológicos e ultrassonografia.

Tratamento

Quanto antes descobrir a doença, melhor.

A filariose é tratada pelo uso de medicamentos prescritos pelo médico, e o tratamento pode durar até dez anos. O remédio consegue destruir grande parte das microfilárias presentes no organismo. Entretanto, em alguns casos é preciso recorrer a cirurgia.

Já na linfática, não há cura, mas o tratamento é fundamental para conter a proliferação dos vermes .

Filariose tem cura?

A resposta pode ser sim ou não, isso vai depender do tipo de filariose.

No caso do tipo filariose linfática, ela não possui cura, já os outros tipos, sim.

Filária canina

cachorro e veterinário

Também conhecida como verme do coração, a filariose canina pode ser denominada como dirofilariose.

A infecção é causada pelo verme Dirofilaria immiti, que se parece com uma lombriga. A contaminação aos animais, cães e gatos, é feita por meio da picada de um mosquito infectado.

Ele se instala no coração, local em que vive e se reproduz como parasita.

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