Fiocruz cria armadilha para acabar com o mosquito-da-dengue de forma 'natural'; veja detalhes
Enquanto a vacina da dengue fica pronta, entidades públicas de saúde planejam maneiras de evitar o mosquito transmissor da doença. Confira!
A Fundação Oswaldo Cruz (Fundação Fiocruz) desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da inovadora armadilha contra a dengue, conhecida como Estação Disseminadora de Larvicida (EDL).
A entidade é uma renomada instituição de pesquisa em saúde pública no Brasil e tem se destacado na luta contra diversas doenças transmitidas por vetores, incluindo a dengue.
A EDL é uma iniciativa que teve início na Fiocruz Amazônia em 2011, quando pesquisadores da instituição começaram a desenvolver tal estratégia para combater a proliferação do Aedes aegypti.
A armadilha é muito simples e consiste em um balde de plástico preto com uma malha em seu interior impregnada com larvicida piriproxifeno, eficaz na eliminação das larvas do mosquito.
A grande vantagem da EDL é sua simplicidade e acessibilidade. Ela pode ser produzida manualmente a um custo relativamente baixo (cerca de R$ 10 por unidade).
Tal medida contra a dengue é uma opção viável para municípios e comunidades que buscam uma solução eficaz de baixo custo no combate à dengue.
Além disso, a prefeitura de São Paulo também descobriu uma técnica para erradicar os mosquitos-da-dengue.
Estratégias para evitar o Aedes aegypti
Embora essas abordagens se assemelhem de maneira notável, elas foram concebidas independentemente, sem conhecimento mútuo.
A armadilha adquirida pela prefeitura de São Paulo foi desenvolvida pela empresa holandesa In2care e tem um custo unitário de cerca de R$ 400.
Essas armadilhas consistem em baldes pretos projetados para atrair fêmeas do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
No interior do balde, um tecido impregnado com larvicida piriproxifeno e o fungo Beauveria bassiana é utilizado, substâncias transmitidas ao mosquito quando ele pousa no local.
(Imagem: Prefeitura de São Paulo/Reprodução)
Quando o mosquito entra e sai do balde, ele carrega o larvicida consigo, resultando na contaminação de outros locais de reprodução e na interrupção do desenvolvimento de novas larvas. Além disso, o fungo reduz a capacidade do inseto de transmitir a dengue e, em cerca de dez dias, leva-o à morte.
Por um lado, a estratégia da EDL mostrou resultados notáveis em testes práticos. Quanto a isso, houve reduções significativas na população de mosquitos transmissores da dengue em áreas onde foi implementada.
Os estudos conduzidos pela Fiocruz demonstraram uma eficácia impressionante da EDL, com uma redução de até 80% na população de mosquitos em algumas localidades após a utilização dessas armadilhas.
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