Futuro sombrio da Microsoft pode ser aviso para o setor tecnológico

A Microsoft é a segunda empresa mais valiosa dos Estados Unidos, mas está com uma perspectiva trimestral bastante pessimista. O futuro deve ser turbulento para o setor, de acordo com analistas, que observaram que os clientes estão um pouco receosos com os gastos durante a economia atual.

Com a apresentação de um balanço trimestral cauteloso, a empresa justificou a queda acentuada nos gastos de clientes em virtude do momento turbulento da economia, o que acarretou em diversas demissões na indústria tecnológica de todo o mundo.

O futuro para o setor deve ser “sombrio”, de acordo com o analista da Wedbush, Dan Ives, que disse o seguinte: “A Microsoft é o maior indicador de gastos corporativos e em nuvem no mundo. Os comentários de Nadella sobre a desaceleração na nuvem não são surpreendentes… Isso confirma que um (cenário) macro mais sombrio está no horizonte”.

Recentemente, em uma teleconferência que durou aproximadamente uma hora, o presidente-executivo da empresa, Satya Nadella, e demais executivos da gigante da tecnologia não economizaram no uso das palavras “cautela” e “cuidado”, que foi usada no mínimo seis vezes durante a reunião.

Apesar do cenário pessimista, o presidente disse que os esforços da Microsoft estão focados na tecnologia de inteligência artificial (IA), considerando que essa será a próxima grande onda no setor de computação. As medidas podem ser percebidas com os enormes investimentos feitos pela Microsoft na OpenAI, que é a empresa por trás do estourado ChatGPT, um chatbot que vem fazendo muito sucesso nas redes.

Entretanto, de acordo com uma previsão feita pela empresa, no tocante ao negócio de nuvem inteligente, a taxa de crescimento está abaixo das estimativas feitas por analistas, chegando ao máximo de 19%. Mas a receita estimada foi superior ao esperado no segundo trimestre em relação a esse setor.

Por fim, as demais empresas da área de tecnologia já estão adotando medidas preparatórias para meses difíceis que chegarão, inclusive realizando demissões em massa, buscando manter as reservas de caixa bem nutridas.