Garota vende seu próprio sangue para fazer compras
Em um ano, a jovem de 20 anos, viciada em compras, arrecadou mais de R$ 13 mil com a prática que usa para sustentar seu consumismo.
Carisa Barker, americana universitária de 20 anos, doa seu plasma duas vezes por semana.
Sabemos que o plasma é a parte líquida amarelada do sangue, correspondendo a 55% do volume total. Nele, proteínas, sais minerais, gás carbônico e outras substâncias estão dissolvidos em água.
O material sanguíneo é útil em grande número de terapias a pessoas com doenças raras e graves, como desordens de imunodeficiência, hemofilia e angioedema hereditário.
Embora pareça um ato solidário, a jovem faz uso dessa prática para ganhar dinheiro. Dinheiro esse que ela usa para sustentar seu vício em compras. Carisa faz isso duas vezes por semana, há cerca de um ano, para conseguir um dinheiro extra e sustentar o seu consumismo.
Embora os doadores de sangue não recebam dinheiro em troca de doações, os centros de coleta de plasma nos EUA oferecem pagamento em troca de plasma.
A jovem fatura cerca de R$ 1.079,43 por mês só com a doação do seu plasma sanguíneo. Em cerca de um ano, Barker já arrecadou aproximadamente R$ 12.860.
A garota reside em Salt Lake City/Utah e, atualmente, Barker, está estudando Comunicação na faculdade enquanto atua como babá meio período. Ela se assume “viciada em compras” e diz que vai ao shopping pelo menos três vezes por semana.
“Pelo que eu saiba, não há riscos para minha saúde e meus pais concordam com o que faço. Meu plasma é usado para fazer remédio para as pessoas com doenças raras”, explica Barker. “Me sinto bem sabendo que estou ajudando outras pessoas. Não pretendo parar” afirma a jovem.
Além disso, a garota diz que está longe de interromper a prática. “Meus amigos me disseram para parar de fazer compras, mas não posso. Eu moro em casa e todo o meu dinheiro vai para isso”, conta.
“Eu economizaria muito dinheiro se parasse. Mas enquanto tiver recurso que possa gastar, continuarei fazendo isso. Sinto-me poderosa sabendo que tenho dinheiro e posso comprar coisas”, completou.
O procedimento da extração do plasma se dá por meio de um dispositivo eletrônico que separa os glóbulos vermelhos do plasma. Desse modo, os médicos colocam o sangue de volta ao corpo da pessoa.
O que acontece é que durante o processo de doação, chamado plasmaférese, o sangue é removido do corpo de Barker, para que o plasma seja coletado e os componentes sanguíneos restantes sejam então devolvidos.
“Enquanto eu comer muita proteína, me sinto bem”, explica. O procedimento leva em média uma hora e meia para ser realizado pelo BioLife Plasma Services em Layton/Utah
Já no Brasil a realidade é totalmente diferente. A Constituição Federal deixa bem claro em seu artigo 199, § 4º, que a coleta, o processamento e a transfusão de sangue e seus derivados não podem passar por qualquer tipo de comercialização.
Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.