Geração Z é a menos empática, sugere consultor educacional

Christian Coelho, CEO do Grupo Rabbit, revelou à CNN Brasil que os integrantes da Geração Z estão ainda mais focados em si mesmos.

Uma pesquisa realizada pelo Grupo Rabbit buscou avaliar o nível de engajamento social de crianças e adolescentes matriculados em escolas particulares no Brasil.

Para a coleta de dados, contaram com a participação de 28 mil famílias e abrangeu diferentes etapas da educação, incluindo a Educação Infantil, o Ensino Fundamental I, o Ensino Fundamental II e o Ensino Médio.

O objetivo do estudo foi investigar as visões e as expectativas dos jovens em relação ao futuro, o que tem sido muito discutido no contexto escolar após o período pandêmico. Aliás, é válido ressaltar que a pesquisa foi realizada em escolas particulares e não contou com a colaboração de instituições públicas.

Grupo Rabbit analisou as perspectivas da Geração Z no Brasil

Os pais e responsáveis dos alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I responderam ao questionário, enquanto os estudantes do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio compartilharam suas perspectivas sobre como se veem aos 40 anos de idade, pertencendo à Geração Z.

As prioridades identificadas na pesquisa permaneceram consistentes entre os diferentes grupos estudados. “Qualidade de vida e bem-estar físico e mental”, “Ter paixão pelo que faz” e “Remuneração e tranquilidade financeira” foram consideradas como as três principais prioridades em comum.

A percepção em relação à prioridade de “Contribuir para um Brasil melhor” apresentou variações. Enquanto os pais classificaram essa questão como a quarta prioridade, os alunos do Ensino Fundamental II a colocaram em sétimo lugar, e os do Ensino Médio a posicionaram apenas em nono lugar.

Essa diferença de percepção sugere uma possível mudança de valores e interesses à medida que os estudantes avançam nas etapas educacionais. Além disso, o item “Cuidar ou melhorar a vida dos outros” também foi classificado como uma prioridade inferior pelos entrevistados.

Os organizadores da pesquisa ficaram surpresos com a constatação de uma redução na interação social das crianças e dos adolescentes entrevistados na pesquisa.

De acordo com o levantamento, 47% dos alunos do Ensino Fundamental II e Médio dedicam seu tempo às redes sociais principalmente à comunicação, enquanto a maioria, representando 53%, adota um comportamento passivo.

Resultado da pesquisa

De acordo com o CEO do Grupo Rabbit, Christian Coelho, em entrevista à CNN Rádio, a pesquisa revelou que as expectativas em relação à geração Z eram de que ela tivesse maior empatia.

No entanto, ele ressaltou que não se deve culpar os jovens, mas sim considerar a influência da pressão social e econômica, especialmente em um período de crise e pós-pandemia.

O CEO destacou na entrevista que a revelação foi alarmante quanto à comunicação. A Geração Z tem uma interação social mínima e a maioria passa o tempo apenas ouvindo e observando.

Para Coelho, essa falta de interação social não atende às necessidades sociais dos jovens e pode ter um impacto significativo em sua saúde mental. Estudos indicam que aqueles que têm dificuldade em se relacionar podem apresentar níveis mais elevados de estresse, ansiedade, depressão e agressividade.

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