Governo de Afonso Pena (1906-1909)

Afonso Pena foi o sexto presidente do Brasil, tendo administrado o país entre os anos de 1906 e 1909.

Afonso Pena foi o sexto presidente do Brasil, governando o país entre 1906 e 1909, ano de sua morte. Ele foi um advogado e político brasileiro que exerceu vários cargos políticos e públicos desde o Brasil Império.

O governo Afonso Pena foi marcado pelo fortalecimento da Política do Café com Leite e, por consequência, dos privilégios dos grandes latifundiários do país.

Biografia de Afonso Pena

Afonso Augusto Moreira Pena nasceu no interior de Minas Gerais, na cidade de Santa Bárbara, em 3 de novembro de 1947.

Filho de um português e uma brasileira, ele se graduou em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, sendo contemporâneo de Rodrigues Alves, igualmente ex-presidente do Brasil.

Em 1892, Afonso Pena contribuiu para a criação da Faculdade Livre de Direito, instituição que atualmente corresponde a Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), local em que assumiu o posto de diretor.

Na política, ele foi deputado por Minas Gerais, presidente estadual (governador) e senador pelo mesmo estado e vice-presidente da República.

Além disso, Afonso Pena foi ministro da Guerra e da Justiça, presidente do Banco do Brasil e membro do Gabinete Imperial de Dom Pedro II.

É importante destacar que ele foi o primeiro governador eleito pelo voto popular do estado de Minas Gerais.

Após a Proclamação da República, Afonso Pena assumiu o posto de presidente da Assembleia Constituinte de Minas Gerais.

Em 1906, foi eleito presidente do Brasil em uma disputa contra Lauro Sodré e Rui Barbosa. Nessas eleições, Nilo Peçanha foi eleito vice-presidente.

Governo de Afonso Pena

Visando manter os privilégios dos grandes cafeicultores, Afonso Pena manteve o compromisso com o Convênio de Taubaté, que estabelecia que o governo deveria comprar toda a produção de café que não fora vendida para não deixar os produtores no prejuízo.

Como o valor deste produto sofria intensas variações no mercado internacional, o presidente tentou resolver o problema da superprodução cafeeira retirando milhares de sacas de café do mercado com o objetivo de fazer com que a ausência do produto o valorizasse.

Sendo assim, o governo de Afonso Pena teve que lidar com os problemas gerados por uma economia dependente e frágil.

Para beneficiar o setor industrial, o presidente aumentou as taxas alfandegárias que elevava o valor dos produtos internacionais em relação aos nacionais, com o intuito de incentivar o desenvolvimento do mercado interno.

Além disso, o governo Afonso Pena estimulou a vinda dos imigrantes europeus para compor a força de trabalho nas indústrias, modernizou os portos e destinou recursos para o setor ferroviário.

Outra medida adotada pelo então presidente foi a valorização do exército, instituição responsável pela adoção do regime republicano.

Sendo assim, Afonso Pena investiu em novos armamentos e tornou o serviço militar obrigatório. A marinha também foi beneficiada com novos equipamentos e as Forças Armadas contaram com a compra de encouraçados.

Fim do governo

Antes de terminar seu mandato, Afonso Pena faleceu vítima de uma forte pneumonia. Sendo assim, Nilo Peçanha o substituiu no poder até a ocorrência de novas eleições, que deveriam acontecer no ano seguinte.

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