Governo de Epitácio Pessoa (1919-1922)

O governo de Epitácio Pessoa se caracterizou pela manutenção dos privilégios da elite agrária e pelo crescimento industrial do país.

Epitácio Pessoa foi o 11° presidente do Brasil, governando o país entre 1919 e 1922, durante a República Velha.

Ele foi eleito pelo voto popular após o breve mandato de Delfim Moreira, que assumiu a presidência do país depois da morte de Rodrigues Alves.

O governo de Epitácio Pessoa foi marcado por vários problemas políticos e sociais que sinalizavam a crise das oligarquias e o fim da Política do Café com Leite.

Biografia de Epitácio Pessoa

Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa nasceu no dia 23 de maio de 1865, em Umbuzeiro, interior da Paraíba. Após a morte de seus pais, ele foi criado pelo seu tio Barão de Lucena, governador de Pernambuco.

Graduou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Recife. Após a Proclamação da República, ele assumiu o posto de secretário-geral do estado da Paraíba e integrou a Assembleia Constituinte.

Durante o mandato de Floriano Peixoto, Epitácio decidiu abandonar a política e se mudar para a Europa, local em que se casou com Maria da Conceição de Manso Saião.

Após a eleição de Campos Sales, retornou ao país e produziu o primeiro Código Civil. Passado pouco tempo, ele assumiu o posto de ministro do Supremo Tribunal Federal e procurador-geral da República.

Além disso, em 1912 foi eleito senador pela Paraíba. Após o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), Epitácio foi escolhido para representar o Brasil na Conferência de Paz, em Paris. Sua atuação no evento foi essencial para a garantia dos interesses do país no contexto pós-guerra.

Epitácio Pessoa foi eleito presidente do Brasil quando estava na França e seu antecessor, Delfim Moreira, retornou ao cargo de vice-presidente.

Após o fim de seu mandato presidencial, foi ainda ministro da Corte Permanente de Justiça Internacional e senador pela Paraíba.

Faleceu em 1946, aos 76 anos de idade.

Governo de Epitácio Pessoa

O governo de Epitácio Pessoa foi marcado pelo apoio dos produtores de café. Sendo assim, suas ações deveriam privilegiar as demandas dessas elites agrárias.

Ao mesmo tempo, o crescimento industrial do país possibilitou a contratação de operários estrangeiros para trabalhar nas fábricas.

Oriundos da Europa, esses trabalhadores trouxeram consigo ideologias políticas, tais como o anarquismo e o comunismo, responsáveis por influenciar os movimentos trabalhistas.

Visando impedir greves e manifestações, o governo proibiu o surgimento de sindicatos. A reação por parte dos trabalhadores foi criar o Partido Comunista Brasileiro (PCB), que visava defender os direitos dos operários.

Nesse mesmo período, alguns artistas se reuniram em torno da Semana de Arte Moderna de 1922, que tinha o objetivo de contestar a mentalidade do país.

Contudo, a crise mais intensa vivenciada por Epitácio Pessoa foi a Revolta Tenentista dos 18 do Forte, também conhecida como Revolta do Forte de Copacabana, em 1922.

Essa rebelião foi causada em razão da insatisfação de parte do exército com a realidade da política brasileira, marcada pela manutenção das oligarquias no poder.

A Revolta do Forte de Copacabana foi o início de vários movimentos organizados pelos tenentes que desencadearam na Revolução de 1930.

Fim do Governo Epitácio Pessoa

O fim do governo Epitácio Pessoa ocorreu no tempo previsto, em 15 de novembro de 1922, quando Artur Bernardes foi eleito presidente do Brasil.

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