Governo do DF mantém militarização de 16 escolas públicas

Colégios vão continuar atendendo alunos do 6º ao 9º dos ensinos fundamental e médio

Mesmo após a extinção do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares pelo governo Lula, no início de julho deste ano, alguns governos estaduais lutam para manter a sua concepção, nas unidades ensinos locais.

É o caso do Distrito Federal, onde o governador Ibaneis Rocha (MDB) – aliado do ex-presidente e idealizador do programa, Jair Bolsonaro – decidiu manter a militarização em 16 escolas públicas da Capital federal (para atendimento de turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio) agora renomeadas como colégios cívico-militares do Distrito Federal. Das 16 unidades de ensino militarizadas, 13 estavam sob o regime de gestão compartilhada entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública.

Com a decisão distrital, quatro escolas cívico-militares remanescentes do programa federal passam a integrar na gestão compartilhada entre as secretarias, segundo adiantou, na ocasião, a governadora em exercício do DF, Celina Leão (PP). São elas, o Centro de Ensino Fundamental 5 do Gama, Centro Educacional 416 de Santa Maria, Centro de Ensino Fundamental 507 de Samambaia e o Centro de Ensino Fundamental 4 de Planaltina.

“As escolas cívico-militares aqui no DF não vão acabar. O que vai acontecer com essas quatro escolas que eram vinculadas ao governo federal? Elas vão se vincular à Secretaria de Segurança Pública”, garantiu Celina, ao acrescentar: “É claro que vamos que fazer a transição para a gestão toda ir para a Secretaria de Segurança Pública, mas nós vamos absorver as quatro escolas no nosso programa aqui do Governo do Distrito Federal”.

Mais adiante, em entrevista concedida ao site Metrópoles, a governadora em exercício garantiu que  a transferência do programa federal para o modelo distrital não representará mudanças no dia a dia dos alunos: “Para a comunidade escolar, nunca foi feita a divisão daquilo que era escola militarizada da Secretaria de Segurança Pública ou do governo federal, porque isso é muito mais de gestão do que na ponta. O funcionamento é quase que idêntico”.

Em ofício encaminhado, há quase três meses, aos secretários estaduais de Educação, o presidente determinou que o programa seria alvo “de desmobilização do pessoal das Forças Armadas, lotado nas unidades educacionais vinculadas ao programa’, acrescentando ”que medidas seriam adotadas, gradualmente, para o encerramento do ano letivo ‘dentro da normalidade’. Na oportunidade, as medidas não foram explicitadas.

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