Lula quer criar novos projetos voltados para a população de rua

O governo Lula está com parte da sua atenção voltadas à população que vive nas ruas do país. Quem também está bastante envolvida com a criação das novas medidas é a futura primeira-dama, Janja Silva. Ela pediu para a equipe técnica dos Direitos Humanos avaliar as propostas já existentes para este grupo em específico.

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O pedido em especial foi transferido à deputada e também ex-ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário (PT), que está completamente focada na retomada de discussão de temas sociais. Confira agora o desenrolar.

Criação de medidas para a população de rua

“O atendimento às pessoas mais vulneráveis, sobretudo à população em situação de rua e às crianças brasileiras, são as preocupações que o presidente Lula carrega de forma muito direta. Nossa futura primeira-dama conversou comigo sobre esses dois aspectos e me deu esse recado”, disse a deputada Maria do Rosário em uma entrevista.

“Há a preocupação de que a comissão se dedique a todos os temas, mas que tenha uma atenção especial à infância brasileira e às famílias com crianças que estão vivendo nas ruas”, afirmou.

Por enquanto, ainda não há muitos detalhes sobre estas novas medidas que possivelmente estão sendo criadas para entrar em vigor no próximo governo. O momento agora, para a equipe do Lula, é estudar e discutir as pautas que estão em aberto no governo atual para conseguir o orçamento proposto por eles para o ano que vem.

Uma informação importante a ser anunciada é que Maria do Rosário é um nome muito forte para ocupar a cadeira do Ministério dos Direitos Humanos no ano que vem, contudo isso ainda não passa de uma suposição, já que o recém-eleito presidente ainda não confirmou nenhum dos nomes que vão liderar os ministérios do governo.

Mudanças no CadÚnico

Alguns estudos recentes mostram que uma parte significativa da população de rua não consegue realizar a sua inscrição no Cadastro Único (CadÚnico), a porta de entrada para alguns projetos sociais do governo. De acordo com a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, os planos do próximo ano mostram algumas mudanças no sistema.

“O governo tratou muito mal o Cadastro Único, congelou o Cadastro Único, criou um cadastro paralelo, criou um aplicativo paralelo e com isso gerou um conjunto de informações dos beneficiários e das pessoas que se tornaram pobres por conta da pandemia ou por conta da crise”, apontou Tereza Campello.

“Muita gente acha que existe uma fraude no cadastro. Eu não vejo assim. As pessoas foram mal-orientadas e mal-informadas. Não tem rede de assistência social dando suporte para isso porque o Governo Federal ignorou a rede de assistência social. Então muitas pessoas começaram a se cadastrar individualmente. Então você tem hoje um cadastro muito problemático que tem que ser revisto”, completou ela.