Guerra das Duas Rosas – resumo, o que foi e principais consequências
Conheça o motivo do conflito da guerra das duas rosas, como tudo começou, o final e as consequências da disputa ocorrida na Inglaterra.
A disputa pelo poder foi motivo de diversos conflitos ocorridos ao longo da História. Um deles foi a Guerra das Duas Rosas, batalhas ambientadas na Inglaterra do século XV entre descendentes do Rei Edward III que reivindicavam o trono.
Ao longo de três décadas, a região presenciou a alternância de poder entre as duas famílias num cenário de muita violência. As consequências, como veremos a seguir, incluíram o enfraquecimento da nobreza e o início das dinastias.
O que foi a Guerra das Duas Rosas?
A Guerra das Duas Rosas foi um conflito civil travado entre das famílias York e Lancaster entre 1455 e 1485. O principal motivo foi a disputa pelo trono inglês pelas duas descendências do Rei Edward III.
O nome da guerra é devido ao fato de que ambas usavam, em seus brasões, emblemas com rosas que as representavam – rosa branca para York e vermelha para Lancaster. A luta pelo poder foi alimentada pela rivalidade histórica entre as famílias.
Contexto Histórico
O Rei Edward III, ao morrer, deixou quatro filhos: Edward (herdeiro do trono), Lionel de Antuérpia (Duque de Clarence), John de Gaunt (Duque de Lancaster) e Edmund de Langley (Duke of York). O primeiro morreu em 1376 deixando como rei seu neto, Richard, de dez anos.
Obviamente, sua incapacidade de gestão fez com que o trono fosse assumido pelo tio, Duque de Lancaster. Anos mais tarde, Richard se rebelou e, em 1399, confiscou as terras do tio após sua morte. Seu primo, Henrique, levantou um exército até que Richard se rendesse. Misteriosamente, o neto de Edward morreu em 1400 após ser preso.
Mesmo diante de desafios por não ser o sucessor natural do trono, Henrique IV governou o país até sua morte, em 1413, quando o deixou para o filho, Henrique V. O novo rei invade a França e casa-se com a princesa sob a promessa de que os filhos tomariam conta dos dois reinos.
Porém, com sua morte, o trono francês foi restaurado nas mãos de seu herdeiro, Henrique VI que, mais tarde, protagonizou momentos que colocaram sua competência à prova. Perante os episódios de loucura, Richard, duque de York, assume o poder com o apoio da nobreza. Ele, então, recusa-se a entregá-lo após a recuperação de Henrique VI.
O rei, então, organiza um exército para atacar Richard e seus apoiadores. Começa, aí, a Guerra das Duas Rosas em meio a um cenário, ainda, de privações econômicas e territórios perdidos para a França com o fim da Guerra dos Cem Anos.
Principais batalhas da Guerra da Duas Rosas
- Primeira Batalha de St. Albans (1455)
- Batalha de BloreHeath (1459)
- Batalha de Ludford (1459)
- Batalha de Northampton (1460)
- Batalha de Wakefield (1460)
- Batalha da Cruz de Mortimor (1461)
- Segunda Batalha de StAlbans (1461)
- Batalha de HedgeleyMoor (1464)
- Batalha de Hexham
- Batalha de EdgecoteMoor (1469)
- Batalha de LosecoteField (1470)
- Batalha de Stoke (1485)
Final da Guerra das Duas Rosas
Ao longo de três décadas, diversas batalhas foram travadas com derrotas e vitórias para os dois lados. O país ficou dividido e assistiu à morte de milhares de ingleses. Na última batalha, em 1485, Henrique Tudor, descendente dos Lancaster sagrou-se vencedor e foi coroado como o Rei Henrique VII da Inglaterra.
Colocando fim ao conflito, o novo rei se casa com Isabel de York e une as duas famílias. Começava, aí, a Dinastia Tudor.
Consequências da Guerra das Duas Rosas
Entre as principais consequências do conflito, estão:
- Redução da influência inglesa na Europa
- Dinastia Tudor fortalecida
- Centralização do poder nas mãos do rei
- Monarquia Nacional da Inglaterra formada
- Poder político de nobres e senhores feudais enfraquecidos
- Comerciantes aumentam sua influência na política
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