Há 1.300 anos, Coreia do Sul já tinha vaso sanitário com descarga, revela descoberta arqueológica
Arqueólogos revelam vaso sanitário utilizado por príncipe herdeiro em palácio sul-coreano, datado de 1.300 anos.
Uma descoberta arqueológica surpreendente na Coreia do Sul está lançando luz sobre práticas sanitárias antigas. Arqueólogos localizaram um vaso sanitário que remonta a 1.300 anos atrás, dentro de um palácio real.
Este achado tem chamado a atenção por sua importância histórica e funcionalidade inovadora para a época.
O vaso sanitário, encontrado no que seria um complexo palaciano, teria sido utilizado pelo príncipe herdeiro da época. De acordo com estudos realizados, o sistema de esgoto levava os dejetos diretamente a um rio próximo, esquema ainda utilizado em locais menos desenvolvidos.
Isso sugere um conhecimento avançado em saneamento no período “Silla unificado”, quando o Reino de Silla dominava a Península Coreana.
Funcionamento do sistema de esgoto
Especialistas do Serviço de Patrimônio Coreano afirmam que o vaso representa um dos primeiros de seu tipo no país.
Servos seriam responsáveis por acionar as descargas, transportando os resíduos por meio de ralos até o rio. Esse método destaca a engenharia avançada do período.
(Imagem: Kim Gyeong Yeol/Serviço de Patrimônio Coreano)
Achados arqueológicos no complexo palaciano
O palácio “Donggung”, construído em 674 d.C., já revelou ruínas de 26 edifícios e diversos artefatos históricos. Entre esses, tigelas, pratos e tijolos com padrões florais foram desenterrados ao longo dos anos.
Tais objetos oferecem evidências de que os antepassados da Coreia do Sul tinham uma cultura rica e sofisticada.
Comparações com outras civilizações antigas
Embora seja o exemplar mais antigo encontrado na Coreia, os vasos sanitários com descarga já existiam em outras civilizações.
O Vale do Indo, por exemplo, apresentava sistemas semelhantes entre 2600 e 1900 a.C., enquanto os ingleses, por sua vez, desenvolveram os primeiros vasos sanitários modernos no século XVI.
A descoberta não apenas enriquece o conhecimento sobre os hábitos sanitários antigos da Coreia do Sul, mas também sublinha a contribuição da região para a história da engenharia sanitária. Este achado oferece uma nova perspectiva sobre como as sociedades antigas lidavam com questões de higiene e saneamento.
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