Novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer taxar apostas online
A medida não incluiria jogos de videogame ou esportes eletrônicos, chamados de e-sports.
Na última quarta-feira, 1, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a taxação de apostas esportivas online será a alternativa para compensar as perdas de receita com a correção da tabela do Imposto de Renda (IR). A justificativa para a decisão do ministro seria que a maioria dos países tributa essa prática. Acompanhe a leitura do artigo para saber mais.
Apostas esportivas online podem ser taxadas
As apostas esportivas online são uma forma de jogo em que os apostadores apostam dinheiro em previsão sobre o resultado de eventos esportivos.
Isso pode incluir apostas em quem vai ganhar uma partida, o resultado final de um jogo, a pontuação final ou o desempenho de jogadores individuais.
O ministro não se referiu a jogos eletrônicos, mas a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda esclareceu à Agência Brasil que Haddad se referia a apostas esportivas online, principalmente sobre resultados de futebol, também chamadas de sports betting.
Assim, a medida não incluiria jogos de videogame ou esportes eletrônicos, chamados de e-sports. Segundo o ministro Haddad, a equipe econômica ainda está estudando o impacto fiscal.
No entanto, ele ressalta que o ganho seria da ordem de bilhões de reais. ”Não muitos [bilhões], mas alguns”, disse Haddad.
“Vou regulamentar. Reajustamos a tabela do IR, e isso tem uma perda pequena, mas tem [uma perda]. Vamos compensar com a tributação sobre esses jogos eletrônicos que não pagam imposto, mas levam uma fortuna do país”, complementou o ministro em entrevista ao UOL.
Proposta para correção de Imposto de Renda
O Ministério da Fazenda está finalizando a proposta para a correção da tabela do Imposto de Renda, uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Lula afirmou há cerca de duas semanas, em uma entrevista, que o governo pretende elevar o limite de isenção de R$ 1.903,98 para R$ 2.640, o equivalente a dois salários mínimos, a partir de maio.
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