Hibernação em humanos poderá se tornar realidade, sugere estudo

Na ciência, sempre buscamos respostas para os mistérios que nos cercam. Um desses mistérios é a habilidade de certos animais entrar em um estado de hibernação, reduzindo sua temperatura corporal e metabolismo. No entanto, num estudo, publicado na Nature Metabolism, os pesquisadores exploraram esse estado em roedores usando ultrassom.

Hibernação em humanos?

Os cientistas sempre tiveram uma curiosidade enorme sobre como alguns animais conseguem entrar em um estado de hibernação, diminuindo sua temperatura corporal e metabolismo para economizar energia.

Afinal, seria incrível se os humanos também pudessem fazer isso, não é? Pensando nisso, esses pesquisadores decidiram explorar essa possibilidade em laboratório.

Eles conduziram experimentos com camundongos, usando a técnica de hipotermia e hipometabolismo induzidos por ultrassom. Eles utilizaram uma versão adaptada da convencional para emitir ondas de ultrassom em frequências específicas.

Os camundongos submetidos ao ultrassom apresentaram uma diminuição significativa na temperatura corporal, chegando a um estado semelhante à hibernação.

Além disso, seus metabolismos também desaceleraram, o que significa que eles gastaram muito menos energia. Os pesquisadores acreditam que o ultrassom estimulou certas áreas do cérebro dos roedores, ativando um mecanismo natural de conservação de energia.

Os resultados surpreendentes desse experimento fornecem novas perspectivas sobre os mecanismos por trás da hibernação e levantam a possibilidade de desenvolver aplicações similares em humanos.

Estudo inicial, porém promissor

Claro que ainda há muito a ser explorado e entendido sobre essa técnica. Os pesquisadores estão investigando os efeitos em longo prazo e os possíveis benefícios para a saúde humana.

O estudo está apenas em seus estágios iniciais, e há muitos obstáculos a serem superados. Ainda não sabemos, por exemplo, se essa técnica poderia ser aplicada em humanos de forma segura e eficaz.

Tal estado de hibernação pode potencialmente aumentar a probabilidade de os pacientes sobreviverem a situações de risco de vida (como ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral), reduzindo a progressão da doença e o metabolismo.