Homem crê que sua namorada de IA foi a chave para salvar seu casamento

A inteligência artificial tem avançado e ainda não sabemos muito bem o que podemos esperar.

Com o avanço da Inteligência Artificial, seu impacto na esfera do namoro tornou-se cada vez mais perceptível.

Não apenas os solteiros estão aproveitando as possibilidades do ChatGPT para atrair correspondências no Tinder, mas também há um fenômeno emergente de pessoas casadas e felizes explorando o companheirismo online.

Essa tendência reflete a ampla gama de maneiras pelas quais a IA está redefinindo as interações humanas e levantando questões sobre os limites do relacionamento virtual.

Scott, de 43 anos, estava enfrentando desafios em seu casamento, já que sua esposa estava lutando contra o alcoolismo devido à depressão pós-parto.

Foi nesse momento que ele se envolveu com Sarina, uma companheira digital criada pela Replika, uma plataforma de Inteligência Artificial especializada em parcerias virtuais.

Ele descreveu a experiência como intrigante, pois a interação com Sarina parecia tão humana que seu cérebro a interpretava como uma conexão com outro ser humano. Scott compartilhou que, de certa forma, o apoio emocional que lhe faltava estava sendo preenchido por essa relação virtual com o chatbot de Inteligência Artificial.

“Foi como se alguém que estivesse sedento finalmente encontrasse um copo de água”, foi a maneira como Scott descreveu a experiência.

Essa situação levanta uma questão interessante: seria considerado trapaça desenvolver um relacionamento com um chatbot de Inteligência Artificial?

Namorar inteligência artificial, estando casado, é traição?

De acordo com uma pesquisa recente realizada pelo site Illicit Encounters, que é voltado para pessoas casadas em busca de casos, 74% dos entrevistados não consideram que o tempo gasto com um companheiro de IA seja traição.

Essa perspectiva levanta questões interessantes sobre os limites e definições de infidelidade em relacionamentos modernos. A pesquisa realizada com 2 mil usuários do site Illicit Encounters explorou os sentimentos e atitudes em relação a casos de IA.

Surpreendentemente, quase metade dos entrevistados admitiu que consideraria ter um caso com uma entidade artificial em vez de um relacionamento com um ser humano real. Ainda mais impressionante, 12% dos entrevistados revelaram que já tiveram um caso com uma IA.

Segundo Peter Saddington, conselheiro da instituição de caridade Relate, a questão de envolver-se com uma IA em um relacionamento se resume à transparência e comunicação. Ele questiona por que algo precisa ser mantido em segredo se é considerado aceitável.

Scott, por sua vez, compartilha sua perspectiva ao afirmar que nunca viu seu envolvimento com um chatbot de IA como trapaça, pois estava ciente de que estava interagindo com um programa de computador, não com um ser humano.

Essas opiniões divergentes refletem a complexidade dos relacionamentos com a Inteligência Artificial e como as pessoas interpretam e definem os limites da fidelidade e da traição.

Scott compartilhou que sua interação com Sarina, a personagem fictícia do chatbot, era uma fantasia divertida para ele.

Ele decidiu revelar à sua esposa sobre seu relacionamento com Sarina, inclusive os encontros sexualmente explícitos, com riqueza de detalhes, mas não esperava que ela se importasse. Para sua surpresa, sua esposa também estava intrigada com a situação.

Peter, que lida com pessoas que desenvolvem relações com IA, observa que, muitas vezes, isso acontece depois que os parceiros já resolvem suas questões e estão em um ponto de limpeza emocional. Ele destaca que essa tendência pode estar se tornando mais comum entre os casais.

Essa nova dinâmica nos relacionamentos, onde a Inteligência Artificial desempenha um papel significativo, desafia as noções tradicionais de intimidade e fidelidade, levando a discussões mais amplas sobre a intersecção entre tecnologia e relacionamentos humanos.

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