IA do Google é capaz de ler os "segredos musicais" da mente humana; entenda
Em parceria com a Gigante das Buscas, pesquisadores japoneses foram capazes de mapear, através de uma ferramenta de IA, os efeitos causados pela música no cérebro humano.
Uma colaboração entre o Google e a Universidade de Osaka está transformando a maneira como entendemos a relação entre música e mente.
Utilizando uma “IA de leitura da mente“, pesquisadores conseguiram recriar músicas semelhantes àquelas que as pessoas estavam ouvindo quando seus cérebros foram escaneados.
O estudo inovador abre novas perspectivas sobre como a música é processada pelo cérebro humano. Isso pode ser um passo importante para o entendimento de como muitas atividades são captadas pelas nossas funções cerebrais. Entenda melhor a seguir!
Desvendando o mundo complexo da música através da IA
A pesquisa demonstra que a Inteligência Artificial (IA) é capaz de gerar músicas com base em padrões cerebrais, abrindo a porta para compreender como a música afeta a mente e as emoções.
Os resultados sugerem que a atividade cerebral pode ser traduzida em características musicais como gênero, ritmo, humor e instrumentação.
Até o momento, a reconstrução de sons a partir da atividade cerebral havia sido explorada principalmente em relação a sons simples, como fala humana e ruídos de animais.
No entanto, tal estudo pioneiro do Google e da Universidade de Osaka expandiu esses limites, mergulhando no mundo complexo da música.
(Imagem: Shutterstock/Reprodução)
O processo de criação musical da IA, chamada de Brain2Music, utiliza imagens cerebrais obtidas por ressonância magnética funcional (fMRI).
A partir desses dados, a IA estabelece conexões entre padrões cerebrais e elementos musicais, como gênero e clima.
Tal abordagem personalizada possibilita à tecnologia produzir clipes musicais que se assemelham a trechos das músicas ouvidas pelos participantes durante o escaneamento.
Embora a IA tenha alcançado um sucesso notável ao gerar músicas semelhantes às originais, os pesquisadores ressaltam que o processo não é perfeito.
A concordância entre a música recriada e a música original foi de cerca de 60%, indicando que a IA captura certos aspectos das músicas com mais precisão que outros.
No entanto, essa descoberta inovadora sugere um potencial significativo para futuras pesquisas e desenvolvimentos nesse campo. O estudo também revelou regiões cerebrais específicas envolvidas no processamento musical.
O córtex auditivo primário, onde os sons são interpretados, é ativado na audição da música, enquanto o córtex pré-frontal lateral, associado a significados e interpretação, desempenha um papel importante.
Além disso, a pesquisa levanta a fascinante possibilidade de reconstruir músicas que as pessoas estão imaginando em suas mentes, indo além da audição física.
Com isso, os cientistas estão desvendando os mistérios da conexão profunda entre música e mente, abrindo portas para um entendimento mais abrangente de como a música molda a experiência humana.
O estudo também pode ter implicações práticas no desenvolvimento de terapias musicais personalizadas e interações mais intuitivas entre humanos e tecnologia.
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