Antártida testemunha separação de iceberg imenso, com dimensões superiores às de São Paulo

Outro iceberg, ainda maior, é monitorado por cientistas, que temem mudança no ecossistema da região americana.

Um iceberg se desprendeu na Antártida no fim de janeiro de 2023 e chamou a atenção pela enorme massa de gelo, com cerca de 1.550 km². Para efeitos de comparação, o grande bloco, que já viajou mais de 150 km pelo litoral antártico, é maior do que a capital paulista, com 1.521 km².

Embora o desprendimento do iceberg tenha acontecido em janeiro da plataforma de Brunt, apenas no mês de março foram divulgadas imagens aéreas da enorme massa de gelo que flutua pela Antártida.

Iceberg se desprende na Antártida e é conhecido pelo nome A81

O instituto de pesquisa antártico British Antarctic Survey (BAS) é o responsável pelo monitoramento de icebergs na região.

Após a divulgação das imagens do iceberg que se desprendeu no fim de janeiro, pesquisadores relatam que a massa de gelo, de nome A81, se formou a partir da Chasm-1, plataforma de gelo que voltou à ativa após 2012.

No entanto, se para algumas pessoas pode parecer inesperado, pesquisadores responsáveis pelo estudo da plataforma de gelo Brunt defendem que os GPS e os dados de satélite já previam o desprendimento a partir do aumento do abismo entre o bloco de gelo e a plataforma Brunt.

Os desprendimentos de iceberg são comuns na região, porém, o tamanho do A81 chama a atenção e, por esse motivo, é considerado o segundo maior no local no período de dois anos.

Instituto monitora iceberg com potencial de causar danos ao ecossistema marinho

A crescente movimentação na Antártida favorece o desprendimento de icebergs de plataformas de gelo. É o caso do A76A, com cerca de 3.200 km², considerada a maior das massas de gelo remanescentes do iceberg A76.

O monitoramento da placa de gelo pelo BAS acontece não só porque o bloco se movimenta em direção à Geórgia do Sul, mas pelo seu potencial de causar danos ao ecossistema marinho do local.

Em virtude da grande quantidade de água doce armazenada nos blocos de gelo flutuantes, sua liberação em grande volume nos oceanos pode causar impactos nas correntes marinhas e interferir na alimentação de animais, como peixes e baleias.

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