Idade mais triste da vida: ciência confirma existência da crise da meia-idade
Entre pesquisas sobre o tema, uma realizada em mais de 130 países revela dados sobre picos de frustração e felicidade ao longo da vida.
A felicidade geralmente é o principal objetivo do ser humano e esse sentimento passa por inúmeras transformações ao longo da vida.
Nessa busca por satisfação, diversos fatores externos geram também a frustração, que pode se tornar maior ou menor, dependendo das circunstâncias e do momento vivido. Mas qual é a fase de maior tristeza e frustração de um indivíduo?
Uma pesquisa feita pela Universidade de Hanover e pelo Dartmouth College analisou pessoas em 130 países pelo mundo para buscar uma resposta aproximada.
Felicidade e frustração: curva em forma de ‘U’
Durante a pesquisa, os pesquisadores interrogaram cerca de 500 mil voluntários sobre bem-estar e a própria felicidade. O resultado mostrou que o indivíduo vive uma curva de felicidade e frustração, em forma de ‘U’ durante a vida.
Ainda de acordo com o estudo, que depois foi publicado na revista científica National Bureau of Economic Research, existem picos de felicidade na infância e durante a terceira idade.
Por outro lado, a pesquisa indica que o auge da frustração acontece entre os 47 e os 48 anos. O que garante maior credibilidade é o fato de esse resultado se apresentar de forma parecida tanto em países ricos quanto pobres.
Uma das explicações para isso é que, aos 47 anos, o indivíduo se torna mais realista e percebe os objetivos que não conseguiu cumprir na vida. Mas, após os 50 anos, a pessoa começa a se sentir grata por conta das coisas que já teve durante esse tempo.
Crise da meia-idade
Outra pesquisa, realizada na Austrália, confirma a existência da crise da meia-idade, ou seja, de pessoas que se aproximam dos 50 anos e começam a se sentir frustradas com a própria vida.
De acordo com o levantamento feito no país da Oceania, 73% dos indivíduos consultados com idades entre 45 e 54 anos se mostram insatisfeitos com a vida.
Além disso, um estudo feito pela Universidade de Greenwich, na Inglaterra, aponta que 46% dos homens e outros 59% das mulheres disseram já ter passado pela crise da meia-idade.
Um dos principais motivos de frustração são as questões financeiras. A renda abaixo do que se imaginava gera essa insatisfação na população entre 45 e 54 anos.
Comentários estão fechados.