Telescópio Webb captura imagem de estrela 30 vezes maior que o Sol

O observatório espacial capturou uma imagem cintilante de uma estrela Wolf-Rayet chamada WR 124 na constelação de Sagitário.

O telescópio espacial James Webb acaba de capturar uma imagem impressionante, localizada a 15.000 anos-luz da Terra. Trata-se de uma estrela Wolf-Rayet cintilante, chamada WR 124, localizada na constelação de Sagitário. O mais intrigante dessa descoberta é o fato de que a estrela tem um tamanho 30 vezes maior que o do Sol.

Estrelas Wolf-Rayet

Fonte: Estrelas Wolf-Rayet são conhecidas por serem eficientes produtoras de poeira; Nasa/ESA/CSA/STScI/Webb ERO Production Team

As estrelas Wolf-Rayet são estrelas muito massivas e luminosas que estão próximas do final de suas vidas. Elas foram descobertas no início do século XX pelos astrônomos franceses Charles Wolf e Georges Rayet, e desde então têm sido objeto de intenso estudo e fascínio.

Elas também são conhecidas por sua grande luminosidade e por apresentarem espectros peculiares, com linhas de emissão e absorção muito amplas e intensas, que indicam a presença de elementos químicos raros e pesados, como carbono, oxigênio e nitrogênio.

Essas estrelas também podem ser fontes importantes de radiação ionizante e podem contribuir para a formação de novas estrelas em suas regiões de formação estelar.

A estrela Wolf-Rayet observada por Webb tem 30 vezes a massa do nosso Sol, que tem uma massa de cerca de 333.000 Terras. Até agora, WR 124 derramou cerca de 10 sóis de material, criando o gás frio e brilhante e a poeira cósmica.

Essas estrelas podem ajudar a desvendar mistérios do passados

Estudar as estrelas como WR 124 com Webb, ajuda os astrônomos a entender o que aconteceu nos primeiros dias do universo, quando estrelas moribundas explodiram e liberaram elementos pesados que acabaram na Terra e dentro de nossos próprios corpos.

Amber Straughn, astrofísica do Goddard Space Flight Center da Nasa e vice-cientista do projeto, disse que “No final da vida de uma estrela, elas lançam suas camadas externas para o resto do universo”. Ela ainda complementa:

“Acho que este é um dos conceitos mais bonitos de toda a astronomia. Este é o conceito de poeira estelar de Carl Sagan, o fato de que o ferro em seu sangue e o cálcio em seus ossos foram literalmente forjados dentro de uma estrela que explodiu há bilhões de anos. E é isso que estamos vendo nesta nova imagem. Essa poeira está se espalhando pelo cosmos e eventualmente criará planetas. E foi assim que chegamos aqui, de fato”.

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