Incêndio no centro de detenção de imigrantes dos EUA mata mais de 30 pessoas
Na última segunda-feira, 27, um incêndio tomou conta do centro de detenção de imigrantes na fronteira dos EUA com o México.
O centro de detenção de imigrantes localizado em Ciudad Juárez, na fronteira dos Estados Unidos com o México, protagonizou um incêndio durante a noite da última segunda-feira, 27. Foram mais de 30 imigrantes estrangeiros mortos e outras mais de 20 pessoas ficaram feridas.
Os disparos de alerta começaram às 22h, quando os bombeiros foram acionados. O incidente foi no Instituto Nacional de Migração do México (INM), no Texas (EUA), fazendo fronteira com o México. O INM confirmou 39 pessoas mortas e 29 feridos até o momento, todas imigrantes de outros países.
O incêndio, de acordo com as informações, teve início na ala masculina e foi se espalhando por todo o local.
Imigração nos Estados Unidos
O instituto informou, por meio de nota, que o centro de detenção era abrigo de 68 homens estrangeiros, maiores de idade, residentes da América do Sul ou da América Central. Ficam nesse centro de detenção as pessoas que tentam entrar nos EUA sem documentação, uma medida rígida que tem o reflexo da era Trump.
Imigrantes na Ciudad Juárez cresceram consideravelmente ao longo dos últimos meses, principalmente após a aprovação de regras rígidas acerca da entrada dos indivíduos sem documentação no país. EM 2022, foram 2,76 milhões detidos na fronteira dos EUA com o México.
O reconhecimento da política é o “Title 42”, concedendo poder para o governo expulsar, de forma automática, imigrantes sem legalidade. De acordo com as justificativas, a ideia foi para controlar a contaminação de doenças contagiosas no país, como aconteceu durante a pandemia da covid-19.
Ao assumir a presidência dos EUA, Joe Biden anunciou a intenção de acabar com essa política, mas os termos seguem em vigor sem data para extinção.
As informações detalhadas sobre cada indivíduo morto ainda não foram divulgadas, por isso ainda existem imprecisões sobre as nacionalidades das vítimas. O Instituto Nacional de Migração indica que vai comunicar os consulados de outros países para conseguir identificar os envolvidos na tragédia.
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