Saiba tudo sobre a Independência dos Estados Unidos
Conheça todo o processo de independência do país norte-americano, incluindo o contexto histórico, as causas, constituição, entre outros aspectos.
Os Estados Unidos, assim como os demais países americanos, foram colonizadas por metrópoles europeias. O território era formado por treze colônias sob o comando da Inglaterra que, no século XVIII, eram usadas para a obtenção de lucros e recursos que não eram disponíveis na Europa, como minerais e vegetais.
Neste contexto, reinava a exploração por parte da metrópole, especialmente, com relação à tributação sobre os colonos norte-americanos.
Como era a colonização dos Estados Unidos?
O processo de independência norte-americano é melhor compreendido se analisarmos as bases de sua colonização. Esta começou no século XVII tendo como base duas modalidades, de acordo com a região:
- Norte: colonização por protestantes europeus, em sua maioria, ingleses que chegaram às terras norte-americanas fugindo de perseguições religiosas. Seu objetivo era prosperar na região, de forma a desenvolver um novo lar para suas famílias. Por isso, as colônias eram chamadas de Nova Inglaterra e tinham, como principais características, produção para o consumo interno, pequenas propriedades laboradas por mão de obra livre e economia baseada no comércio.
- Sul: ao contrário das colônias do Norte, a região Sul do país teve modelo de colonização similar ao sul-americano, ou seja, de exploração. Especialmente nos territórios, hoje, conhecidos pela Geórgia, Virgínia e Carolinas do Norte e Sul, as colônias deveriam obedecer o Pacto Colonial. As principais características eram a exploração de mão de obra escrava laborando em latifúndios, monocultura e exportação dos produtos para a metrópole.
O que foi a Guerra dos Sete Anos?
O conflito aconteceu entre os anos de 1756 e 1763 envolvendo França e Inglaterra, tratando-se da disputa por territórios da América do Norte. A metrópole inglesa acabou como vitoriosa mas, os prejuízos causados pela guerra foram cobrados dos colonos, em especial, os habitantes da região Norte.
George Grenville, primeiro ministro inglês, colocou nas colônias uma força militar de 10 mil homens, acarretando despesa de 350 mil dólares. A cobrança veio por meio do aumento da tributação (taxas e impostos). Além dos aumento de taxas, foram criadas leis que cercearam a liberdade dos colonos. As principais foram:
- Lei do Chá: monopólio do comércio para a companhia comercial inglesa
- Lei do Selo: os produtos que circulavam pela colônia deveriam ter o selo vendido pela metrópole
- Lei do Açúcar: estabelecia novas taxas alfandegárias sobre grande quantidade do produto importado. O açúcar da colônia, então, só poderia ser comprado das Antilhas Inglesas
As medidas, obviamente, geraram protestos e manifestações por parte dos colonos. Um dos acontecimentos mais marcantes foi a Festa do Chá em Boston. Mas, não pense que foi uma comemoração festiva! Na ocasião, colonos vestidos de índios invadiram, durante a noite, um navio inglês carregado de chá, jogando toda a carga ao mar.
Como consequências, os prejuízos recaíram sobre os habitantes da colônia que, também, a viram cercada pelos soldados ingleses. A coroa, também, interditou o porto até que todo o prejuízo fosse pago.
O que aconteceu no Primeiro Congresso da Filadélfia?
Mesmo diante de tantas represálias, os colonos não pararam e promoveram, em 1774, um congresso para acertar reações contra as medidas inglesas. No entanto, o objetivo não era a separação mas, retomar a situação da colônia antes das restrições metropolitanas, além de maior participação na política.
Apesar do caráter não separatista, a coroa inglesa, representada pelo Rei George III, não acatou as propostas e tomou medidas, ainda mais, severas. Entre elas, a criação das Leis Intoleráveis, como a Lei do Aquartelamento. O texto dizia que todo colono era obrigado e fornecer alimento, moradia e transporte para os soldados ingleses.
Mais uma vez, a Lei gerou revolta na colônia, fazendo surgir o processo de independência.
Como a colônia chegou ao Segundo Congresso da Filadélfia?
Dois anos depois, os colonos do Norte se reuniram em um segundo congresso, dessa vez, tomados pelo caráter separatista. Neste contexto, surgiu a figura de Thomas Jefferson que, então, redigiu a famosa Declaração de Independência dos Estados Unidos da América.
George Washington foi nomeado comandante das forças americanas. Como era de se esperar, a Inglaterra não aceitou a separação de suas colônias e, assim, declarou guerra contra elas. Foi aí que eclodiu, entre 1776 e 1783, a Guerra de Independência. Com o apoio da França e Espanha, os Estados Unidos saíram vitoriosos.
Derrotada, a Inglaterra assinou o Tratado de Paris, pelo qual reconhecia a Independência dos Estados Unidos. Porém, a Independência dos Estados Unidos, em si, já havia sido declarada no dia 4 de julho de 1776, quando as colônias romperam os laços coloniais com a Inglaterra.
Até 1787, no entanto, o país ficou sob o regime de confederação, ou seja, os estados gozavam de absoluta soberania.
A criação da Constituição dos Estados Unidos
Quatro anos após a o fim da Guerra da Independência, o texto da Constituição dos Estados Unidos ficou pronto. Trazendo forte influência iluminista, a Carta garantia a propriedade privada, optou por manter a escravidão, adotou o sistema de república federativa e, também, defendeu as garantias e direitos individuais do cidadão.
Em suma, a Constituição defendia os interesses da burguesia, como aconteceu em outros territórios independentes. A carta é vigente até os dias de hoje.
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