Indústria do vinho chama a atenção de celebridades como Madonna e Bon Jovi
Segundo o jornalista Tony Smith que também é dono de uma vinícola, todo o negócio do vinho tem seu ‘glamour’, por isso as celebridades gostam de investir neste ramo
O narrador Galvão Bueno e o cantor Sting têm algo muito específico em comum. E não, não é a fortuna, embora isso também possa ser semelhante. Acontece que os dois resolveram investir suas fortunas em vinícolas portuguesas e italianas.
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Galvão Bueno tem uma vinícola em Candiota, no Rio Grande do Sul, onde já produziu sua primeira safra Bueno Paralelo 31. Já Sting possui uma vinícola em Florença, na Toscana, chamada Il Palagio. Seu vinho de maior sucesso tem o nome inspirado em uma de suas músicas: Sister Moon 2011. E isso não é coincidência.
Outras celebridades também apostaram na indústria do vinho, como Madonna, Bon Jovi, Jay-Z e Post Malone.
Bon Jovi se juntou ao filho para investir em um rosé Hampton Water. Já Madonna conduz um vinhedo em Michigan.
Indústria do vinho demanda investimentos
Segundo o jornalista Tony Smith que também é dono de uma vinícola, todo o negócio do vinho tem seu ‘glamour’, por isso as celebridades gostam de investir neste ramo, mas também é preciso de um trabalho duro e muito investimento. “Não é só comprar, é a manutenção dela [da vinícola] também”, diz ele.
Smith é dono da Quinta de Covela — que já existe há 200 anos — na região de Vinhos Verdes. Ele divide a propriedade com o fundador do grupo de investimentos Artesia, Marcelo Faria de Lima. A quinta de Covela também já pertenceu ao cineasta Manoel de Oliveira e ao empresário Nuno de Araújo, que comandou a empresa por 20 anos, mas a faliu em 2000. Assim, os dois sócios a compraram e tiveram que começar quase do zero.
“Tivemos que replantar muita coisa. Do dia em que você planta uma vinha até o dia em que você consegue realmente um retorno decente, são quatro anos… Imagina fazer isso em centenas de hectares.”, disse ele.
Com o passar do tempo, os dois foram investindo em outras propriedades, como a Quinta da Boa Vista, que tem 39 hectares e vinhos muito prestigiados no Brasil, com preços de R$ 120 a R$ 1.200.
Segundo a União Brasileira de Vitivinicultura, o Brasil produziu 27 milhões de litros de vinho em 2021, logo atrás do espumante, que teve 30,3 milhões de litros produzidos. Isso representa um aumento de 11,43% em relação a 2020, e espera-se que este ano haja um aumento ainda maior.
Já em Portugal, o bilionário brasileiro Rubens Menin diz que quer produzir 360 mil litros de vinho em 2025 em sua vinícola, Menin Douro Estates, sendo destes 88 mil litros de vinho do porto. O empresário já investiu pelo menos 30 milhões de euros na região, e diz que “o produto é mais ou menos único no mundo, que combina alta qualidade e bom preço”.
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