7 Inovações tecnológicas promissoras para enfrentar a crise alimentar global
Demanda global por alimentos cresce em meio à crise climática, guerras e aumento populacional.
O combate à fome e à desnutrição é o segundo dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Essa meta pretende orientar governos e sociedade civil na criação de estratégias para combater a fome global. Este objetivo vem apenas depois do primeiro, que é a erradicação da pobreza em todas as suas formas e em todos os lugares.
Como está a fome global?
Dados das Nações Unidas apontam que a fome já atinge cerca de 9,8% da população, o equivalente a 828 milhões de pessoas, em 2021. O percentual aumentou com relação aos anos anteriores em razão da pandemia de COVID-19 e a guerra na Ucrânia.
No mesmo sentido, além do crônico quadro de fome e insegurança alimentar no planeta, a população mundial vai aumentar, segundo estimativas do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Hoje, já são mais de 8 bilhões de habitantes na Terra, mas em 2080 esse número deve chegar a 10,4 bilhões de pessoas.
Dessa forma, para reduzir a pressão sobre os recursos naturais e contribuir com ideias de como combater a fome, a produção de alimentos ganha novos contornos e exige uso de tecnologia e inovação. Tudo isso para fabricar mais comida sem prejudicar o meio ambiente e atendendo às necessidades de todos.
Nesse sentido, estratégias inovadoras desenvolvidas nos últimos anos podem ser úteis para esse cenário. Conheça agora algumas delas:
1. Agricultura urbana
Áreas urbanas e metropolitanas podem ser usadas como ótimos espaços de plantio e colheita, a partir das chamadas fazendas verticais, telhados, casas e pequenos espaços de terra.
No mesmo sentido, árvores também podem ser fonte de alimentos, além de contribuírem para a manutenção do clima e temperatura do ambiente urbano para evitar as famosas ilhas de calor.
2. Agricultura de precisão
O uso de tecnologia no agronegócio já é uma realidade e contribui para a maior precisão do plantio e colheita de alimentos.
A agricultura de precisão faz uso de drones, sensores, mapeamento digital e geoespacial, além de outros equipamentos tecnológicos que indicam a quantidade de uso de água, fertilizantes e outros produtos químicos para a plantação.
3. Alimentos revestidos com plantas
Esta técnica de produção alimentar visa aumentar o tempo médio de vida de produtos perecíveis, como frutas e verduras.
Assim, esses alimentos são revestidos com coberturas de plantas comestíveis, que funcionam como para a entrada de água e saída de oxigênio dos alimentos. Essa camada orgânica é invisível, saudável e não altera o sabor da comida.
Em conjunto com essas três técnicas, o uso de proteína de insetos e culturas resistentes ao clima também são alternativas para depender menos de recursos naturais, como terra para pastagens.
4. Aquaponia
Este é um sistema de produção de alimentos que combina a criação de peixes (aquicultura) com o cultivo de plantas em água (hidroponia) em um sistema integrado e recirculado.
A aquaponia pode produzir alimentos de alta qualidade com uma pegada ambiental muito menor do que os métodos tradicionais de produção de alimentos, tornando-a uma opção promissora para a produção sustentável de alimentos.
5. Alimentos produzidos em laboratório
A carne cultivada em laboratório, também conhecida como carne de cultura, é produzida a partir de células animais sem a necessidade de criar e abater animais. Este avanço tem o potencial de transformar radicalmente o setor de carne, reduzindo seu impacto ambiental e melhorando o bem-estar animal.
6. Inteligência Artificial (IA) na produção de alimentos
A IA está sendo usada para prever rendimentos, detectar doenças de plantas e animais, e otimizar a logística da cadeia de suprimentos de alimentos.
Com o uso de IA, os produtores podem tomar decisões mais informadas e precisas, melhorando a eficiência e a produtividade.
7. Aplicativos para redução do desperdício de alimentos
O desperdício de alimentos é um problema significativo que contribui para a crise alimentar. Aplicativos estão sendo desenvolvidos para ajudar consumidores e empresas a reduzir o desperdício, seja conectando consumidores com alimentos excedentes de restaurantes e supermercados, ou ajudando os agricultores a encontrar mercados para seus produtos excedentes.
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