Intrigante: arqueólogos encontram estrutura de madeira feita por hominídeos primitivos; veja

O objeto data de quase 200 mil anos antes do surgimento do Homo sapiens, o que indica que ancestrais menos desenvolvidos já tinham habilidades excepcionais e eram sedentários.

Uma descoberta arqueológica notável acaba de iluminar uma parte da história da humanidade. Na fronteira entre a Zâmbia e a Tanzânia, foi encontrada a estrutura de madeira mais antiga do mundo, uma revelação que está desafiando nossas noções prévias sobre os hábitos dos primeiros humanos.

A estrutura, possivelmente uma ponte ou plataforma de armazenamento, remonta a quase meio milhão de anos atrás, às margens do Rio Kalambo.

A descoberta, detalhada em um estudo publicado na revista Nature, sugere que nossos antigos ancestrais podem ter sido menos nômades do que se pensava anteriormente, indicando a possibilidade de que já demonstrassem traços de sedentarismo.

(Imagem Divulgação/Deep Roots of Humanity Project)

Uma mudança teórica

A descoberta da estrutura de madeira ocorreu nas cataratas de Kalambo, às margens do Rio Kalambo, graças aos esforços de cientistas das Universidades de Liverpool e Aberystwyth, no Reino Unido.

A estrutura de madeira encontrada tem uma idade estimada de pelo menos 476 mil anos atrás, o que a coloca em um tempo muito anterior ao surgimento dos Homo sapiens, ou seja, dos seres humanos modernos, que datam de aproximadamente 300 mil anos atrás.

A análise dos cientistas aponta para a intrigante possibilidade de que a estrutura de madeira seja obra do Homo heidelbergensis, uma espécie ancestral dos seres humanos modernos que habitava a região.

Isso lança novas perspectivas sobre o comportamento e o estilo de vida desses antigos hominídeos, indicando que eles podem não ter sido completamente nômades, como se acreditava anteriormente.

O detalhe verdadeiramente notável dessa descoberta é a sobrevivência surpreendente da madeira ao longo de um período tão longo. A madeira é propensa a apodrecer e desaparecer com o tempo, tornando a preservação de estruturas feitas com esse material um desafio formidável para os arqueólogos.

No entanto, as cataratas do Kalambo apresentam um ambiente único, com níveis permanentemente altos de água que criaram condições excepcionais para a preservação.

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