Invasão aos Três Poderes: veja quais obras e objetos foram destruídos
As sedes dos Três Poderes brasileiros foram invadidas neste domingo, 8. Muitos objetos históricos foram destruídos; Confira a lista.
No segundo domingo do ano, dia 8 de janeiro, bolsonaristas extremistas organizados realizaram invasão às sedes dos Três Poderes. Com cerca de 100 ônibus vindos das mais variadas localidades do país, somados àqueles que já estavam acampados em frente ao QG de Brasília, os vândalos marcharam rumo à praça dos Três Poderes.
Ao chegarem lá, invadiram os três prédios, quais sejam: o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. Essas construções estavam mobiliadas com presentes de outros chefes de Estado, com obras de arte com valores inestimáveis, entre outros itens de valor.
Os golpistas promoveram uma verdadeira destruição, desde janelas até obras de artistas de renome mundial.
Confira os danos causados pela invasão:
Supremo Tribunal Federal
A sede do STF foi o primeiro lugar a ser esvaziado pelos policiais e guardas, mas não passou incólume pelos “manifestantes”, que conseguiram destruir obras históricas e simbólicas:
- Brasão da República: O símbolo da República Federativa do Brasil foi tirado da parede do plenário da Suprema Corte e deixado sobre uma poltrona no meio da praça dos Três Poderes;
- Escultura de Alfredo Ceschiatti, “A Justiça”: A obra que fica em frente ao STF foi pichada com os dizeres “perdeu, mané”.
Congresso Nacional
Outro prédio que sofreu avarias foi o do Congresso Nacional, sede do Poder Legislativo do país:
- Vitral de Marianne Perretti, “Araguaia”: A obra se encontrava no Salão Verde do Congresso, e os danos ainda estão sendo averiguados.
Palácio do Planalto
A sede do Poder Executivo federal foi a mais avariada, com obras de valor inestimável. Confira os prejuízos abaixo:
- Fotografias: Todos os registros fotográficos dos ex-presidentes da República foram removidas da galeria e destruídas;
- Escultura de Frans Krajcberg: Uma obra feita com galhos de madeira na parede, avaliada em cerca de R$ 300 mil, também foi destruída;
- Mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck: Mais um item histórico que se encontrava no salão do Palácio. Os arruaceiros utilizaram a mesa como barricada, tentando conter o avanço da Tropa de Choque;
- Obra de Di Cavalcanti, “As Mulatas”: Ela se encontrava no Salão Nobre do Palácio. Recebeu sete facadas durante o ocorrido. O valor da obra era estimado em R$ 8 milhões;
- Obra de Jorge Eduardo, “Bandeira do Brasil”: Uma pintura que retratava a bandeira nacional hasteada. Foi encontrada boiando depois dos ataques feitos pelos ditos patriotas, que acionaram os hidrantes encontrados pela frente;
- Obra de Bruno Giorgi, “O Flautista”: Uma escultura em bronze foi quebrada em vários pedaços. Possuía valor estimado em R$ 250 mil;
- Relógio de pêndulo do século XVII: Por fim, mas provavelmente o mais histórico item destruído, esse relógio tinha sido um presente do Rei Luís XIV da França para Dom João VI, sendo elaborado pelo relojoeiro francês Balthazar Martinot, com design de André-Charles Boulle. A peça havia passado por uma restauração no ano de 2012 e se encontrava no gabinete presidencial. A restauração da obra é considerada “muito difícil”.
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