Investigação da PF revela esquema de troca de etiquetas de bagagens em aeroportos

No último final de semana, mais um episódio perturbador veio à tona no escândalo das malas trocadas em aeroportos brasileiros.

Desta vez, a Polícia Federal está conduzindo uma investigação sobre um novo caso de troca de etiquetas de bagagens, que está relacionado à entrada ilegal de cocaína em países europeus. O incidente ocorreu no Aeroporto Charles de Gaulle, na França.

Mais um brasileiro envolvido na troca de etiquetas em bagagens internacionais

Em março deste ano, um incidente chocante veio à tona apenas um dia após a prisão injusta das brasileiras Jeanne Paolline e Kátyna Baía, em Berlim, Alemanha, também por acusações de tráfico de drogas.

Ambas as mulheres eram originárias de Goiânia e passaram 37 dias encarceradas no país europeu, até que sua inocência foi finalmente comprovada. Somente no último sábado, 1º, a Jovem Pan divulgou o ocorrido.

De acordo com informações recentes, um cidadão brasileiro foi preso no referido aeroporto ao tentar retirar duas malas que continham aproximadamente 45 quilos de cocaína.

Para a surpresa de todos, as malas estavam identificadas com etiquetas no nome de uma passageira de Goiânia, que estava realizando uma viagem turística pela Europa e aparentemente não tem envolvimento direto com o caso.

A passageira brasileira envolvida no segundo caso teve uma dose de sorte incomum. Ao chegar ao Aeroporto Charles de Gaulle, ela recuperou sua própria bagagem sem perceber que a etiqueta havia sido trocada.

Após a descoberta da troca de etiquetas nas malas contendo cocaína, as autoridades francesas agiram rapidamente para monitorar os suspeitos e aguardaram o momento em que eles procurariam recuperar as bagagens. Foi nesse momento que as prisões foram efetuadas.

Ângelo Sorbara, um brasileiro de 50 anos, foi detido em flagrante ao tentar retirar as malas no setor de achados e perdidos do Aeroporto Charles de Gaulle.

As evidências reunidas pelas autoridades, conforme documentos policiais, indicam que Sorbara tem residência tanto no Mato Grosso, Brasil, quanto no Paraguai.

Além de Sorbara, um estrangeiro de 31 anos foi detido inicialmente, mas posteriormente liberado após investigações mais aprofundadas não encontrarem indícios suficientes de sua participação no esquema de tráfico de drogas.