Já se perguntou por que balançamos a cabeça para dizer “sim” e “não”?
Conheça a origem histórica e cultural desses gestos.
Você já parou para pensar por que balançamos a cabeça para cima e para baixo para dizer “sim” e de um lado para o outro para dizer “não”?
Esses gestos são tão naturais que a gente nem questiona, mas, como quase tudo, têm uma explicação histórica interessante que remonta aos primórdios da nossa comunicação humana.
O “sim” começa com os bebês
A explicação mais comum sobre por que balançamos a cabeça para dizer “sim” vem da nossa fase mais inicial: quando ainda somos bebês. Imagine um bebê que está com fome. O instinto natural é inclinar a cabeça para cima e para baixo em busca do leite materno, seja no peito da mãe ou na mamadeira.
Esse movimento, repetido tantas vezes durante os primeiros meses de vida, é um dos primeiros sinais de aceitação ou aprovação que desenvolvemos.
Com o tempo, esse simples movimento passou a ser associado à ideia de consentimento e aceitação, tornando-se o que conhecemos hoje como o gesto universal de “sim”.
E não é apenas na nossa cultura! Muitas outras culturas pelo mundo compartilham essa mesma ideia, o que sugere que essa associação pode ser algo bastante intuitivo e natural para os seres humanos.
O “não” é uma rejeição instintiva
Agora, o “não” é um pouco mais instintivo também. Pense em um bebê que não quer comer algo ou está insatisfeito com uma situação. O primeiro impulso é virar o rosto, afastando a cabeça para o lado.
Esse movimento de negação é quase como se estivéssemos rejeitando o que nos é oferecido, uma forma de dizer “não, eu não quero isso”.
Ao longo da história, esse gesto foi se tornando um símbolo universal de recusa ou negação. Ao balançar a cabeça de um lado para o outro, estamos reproduzindo um comportamento de recusa que começamos a desenvolver ainda nos primeiros meses de vida.
Assim, o gesto de “não” também passou a ser entendido de forma semelhante em diversas culturas ao redor do mundo.
Diferentes culturas, diferentes sinais?
É importante lembrar que nem todas as culturas seguem essas mesmas convenções de “sim” e “não”. Em algumas partes do mundo, como na Bulgária, o movimento de cabeça é o oposto: balançar para cima e para baixo significa “não”, enquanto de um lado para o outro quer dizer “sim”.
Isso nos lembra que, embora esses gestos sejam naturais para muitos de nós, eles ainda são uma construção cultural, moldada ao longo dos séculos.
Então, da próxima vez que você balançar a cabeça, lembre-se: você está repetindo um gesto que carrega uma história muito mais antiga do que você imagina!
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