Leis de Mendel
As Leis de Mendel foram muito importantes para o entendimento de transmissões hereditárias e para o avanço de descobertas e prevenções de problemas genéticos.
As Leis de Mendel são as leis criadas pelo cientista de Gregor Mendel (1822-1884) embasadas fundamentos científicos a respeito da transmissão hereditária, âmbito dentro da genética muito importante para entender as transmissões de fatores entre gerações.
Gregor Mendel
Gregor Johann Mendel nasceu no dia 20 de julho de 1822 e foi a óbito no dia 6 de janeiro de 1884.
Mendel é considerado atualmente o “Pai da Genética” por essas descobertas. Porém, faleceu sem ser reconhecido pelo seu trabalho acadêmico, mas posteriormente foi reconhecido e valorizado.
No início da sua vida, sendo filho de pobres fazendeiros, foi destinado a entrar no mosteiro da Ordem de Santo Agostinho. Assim, se tornou um monge agostiniano.
Entretanto, pode estudar a fundo sobre plantas, meteorologia e teorias da evolução. Além disso, também foi docente de ciências naturais na Escola Superior de Brno, entre 1843 e 1854, quando dedicou-se ao cruzamento de espécies.
Leis de Mendel
Mendel foi importante para a história da genética e ciência pois os processos de transmissão de características genéticas de um indivíduo para suas gerações eram ainda desconhecidos.
Com isso, essa incógnita foi resolvida a partir dos seus experimentos com ervilhas. Isso garantiu o entendimento do assunto e viabilização de vastos campos de estudos que proporcionaram o tratamento e prevenção de doenças relacionadas a esse fator.
Experimentos
Vários outros cientistas como Joseph Kölreuter e Karl Friedrich Gartner, estudiosos sobre hibridização de plantas, tentaram obter resultados com hibridização de plantas, mas não obtiveram sucesso.
Porém, Mendel escolheu como objeto de estudo as ervilhas-de-cheiro (Pisum sativum). Essa escolha foi assertiva pois as ervilhas possibilitaram um fácil cultivo, ciclo de reprodução curto, realizam autofecundação e possuem produção de muitas sementes.
Os experimentos foram feitos a partir da obtenção de linhagens puras de ervilhas. Essas linhagens era comprovadamente puras pois foram feitos seis cruzamento anteriores entre essas linhagens e suas características eram mantidas após cada cruzamento.
Após esse certificação de linhagem pura, eram feitas polinizações cruzadas entre essas linhagens.
Por exemplo, era feita a retirada de um pólen de uma planta amarela e colocada em uma planta com sementes verdes. Com isso, as gerações nascidas desse cruzamento de plantas com fatores diferentes foram chamadas de “híbridas”.
Além disso, Mendel realizou diversos outros cruzamento para aferir se as características obtidas a partir de cruzamentos eram repassadas para as próximas gerações.
A partir disso, Mendel determinou algumas características que seriam observadas, em cada geração, como: cor da semente, textura da semente, cor da casca da semente, forma da vagem, cor da vagem, ou posição e altura das flores.
1ª Lei de Mendel: Lei da Segregação dos Fatores ou Moibridismo
Com os experimentos e análise de cada resultado, Mendel formula a sua primeira lei. O primeiro experimento de uma planta pura com semente amarela com uma planta pura de semente verde resultou em plantas 100% amarelas, sendo esta a primeira geração (F1).
Após isso, fez o cruzamento entre híbridas, ou autofecundação, e o resultado foi diferente, algumas eram amarelas e outras verdes, sendo esta a segunda geração (F2). Ou seja, o fator verde não desaparecera assim como teria sido observado na primeira geração.
Assim, ele concluiu que cada caráter é determinado por um par de fatores que se separam na formação de gametas. Deste modo, cada gameta possui um único fator e em cada fecundação eles se une, formando um caráter com dois fatores.
Além disso, com essa descoberta, observou que existia um fator que dominava o outro.Ou seja, cada gameta possui um fator que se une com outro, formando um par na fecundação. Porém, um desempenha dominância sobre o outro e essa característica dominante será a expressada.
Assim, era notado que na fecundação de ervilhas híbridas, de duas linhagens diferentes, formavam as seguintes gerações:
- F1: todas as ervilhas eram formadas por sementes amarelas
- F2: 75% de sementes amarelas 25% de semente verdes (proporção 3 para 1)
Com isso, Mendel determinou que o fator dominante era a cor amarela e o recessivo era determinado pela cor verde. Essa descoberta foi muito importante, mas essa lei explica apenas a transmissão de uma única característica.
2ª Lei de Mendel: Lei da Segregação Independente dos Genes ou Diibridismo
Na segunda lei, Mendel estudou a transmissão de duas ou mais características. Então, nos seus experimentos, Mendel observa que as diferenças de uma característica são herdadas independentemente das diferenças em outras características.
Para esse estudo, ele cruzou plantas de sementes amarelas e lisas com plantas de sementes verdes e rugosas.
Mendel já esperava que a primeira geração fosse composta por 100% de indivíduos amarelos, pois já havia constatado que esse era um fator dominante. Entretanto, neste experimento também foi constatada que a característica lisa é dominante. Com isso, as gerações foram:
- F1: todas ervilhas foram amarelas e lisas.
- F2: com a autofecundação, o cruzamento resultou em indivíduos com as proporções 9 amarelas e lisas, 3 amarelas e rugosas, 3 verdes e lisas e 1 verde e rugosa.
Assim, Mendel concluiu que as características eram segregadas de modo independente. Ou seja, as características não estão relacionadas e, por exemplo, a cor é independente da textura.
Veja também:
- Neodarwinismo
- Probabilidade Genética
- Mendelismo: cruzamento-teste, ausência de dominância e genes letais
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