"Liberty Phone": o celular totalmente americano que é mais caro que o iPhone

A marca norte-americana Purism lançou recentemente o “Celular da Liberdade”, também conhecido como “Liberty Phone”. Esse dispositivo móvel se destaca por ter sido projetado e fabricado inteiramente nos Estados Unidos.

O objetivo da empresa é evitar o roubo de tecnologia e a espionagem industrial, oferecendo aos consumidores um smartphone feito fora da China e dos “jardins murados” do Google e da Apple.

Diferentemente dos sistemas operacionais Android e iOS, o Liberty Phone é equipado com o Pure OS, um sistema derivado do Debian, uma plataforma de software livre baseada no Linux.

Isso significa que os proprietários do celular têm acesso a um modo desktop completo quando conectam o dispositivo a um monitor, além de desfrutarem das vantagens oferecidas por um sistema de código aberto.

Uma das grandes vantagens desse modelo é a capacidade de desligar sua conectividade por hardware, garantindo um nível de privacidade mais elevado. A empresa ainda promete apresentar recursos adicionais de segurança no futuro.

(imagem: Purism/divulgação)

No entanto, a privacidade oferecida pelo Liberty Phone tem um preço alto. O valor oficial do produto é de US$ 2.199 (cerca de R$ 10.645), mais do que o dobro do preço de um iPhone 14 convencional.

Os altos valores se devem ao fato de que a mão de obra envolvida na produção do celular é totalmente norte-americana, o que encarece o processo.

Além disso, as especificações técnicas do Liberty Phone não impressionam os especialistas em tecnologia e comunicação.

O dispositivo possui uma câmera principal de 13 MP e uma câmera frontal de 8 MP, bateria removível de 4.500 mAh com recarga de 18 W, Bluetooth 5.3, processador NXP quad-core, 4 GB de RAM e 128 GB de armazenamento interno. A tela TFT de 5,7 polegadas tem resolução HD de 720 x 1.440 pixels.

É importante ressaltar que as vendas do Liberty Phone estão direcionadas ao público americano e não há previsão de que o produto seja disponibilizado em outros países.

A proposta inovadora do “Celular da Liberdade” busca oferecer aos usuários maior segurança e privacidade, além de promover a fabricação nacional nos Estados Unidos.

Embora seu preço seja bastante elevado em comparação com outros dispositivos no mercado, ele atrai aqueles que valorizam a procedência e a proteção dos dados pessoais.

Resta saber se a proposta será bem-sucedida e se outros países terão a oportunidade de experimentar essa nova opção no futuro.