Lula manifestou insatisfação e retirou o Brasil da lista internacional contra o aborto; o que vai mudar?

A medida apoiada pelo governo de Jair Bolsonaro foi revogada por Lula nesta semana. O Brasil não está mais na lista internacional de Trump.

A Declaração do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Mulher, apontado por partidos conservadores, não tem mais o Brasil como participante. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva retirou o país da listagem internacional que era contra o aborto.

Na Declaração do Consenso, um dos principais pontos era o aborto, além de outros que cunham responsabilidade familiar conservadora:

“Não há direito internacional ao aborto nem qualquer obrigação internacional por parte dos Estados de financiar ou facilitar”, afirma a documentação.

Declaração Internacional foi criada por Trump

Por meio de nota, governantes de Lula resolveram mudar o posicionamento do país quanto as medidas internacionais. Após decisão, retiraram o Brasil do documento assinado por Bolsonaro ainda em 2020, considerando, segundo a nota, que há “um entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família”.

“Não se trata apenas da saída do governo brasileiro da Declaração do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento das da Família, mas da aproximação do Brasil com outras entidades que de fato se preocupam com os direitos humanos e que têm uma tradição na criação de um ambiente político em que o diálogo e o respeito às minorias seja a tônica”, disse o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, por meio de nova.

A listagem internacional partiu de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos da América, e foi assinada por governantes de Jair Bolsonaro em 2020. Ambos os ex-presidentes estiveram à frente para combater o aborto em pautas internacionais.

Nesta lista, são 30 países assinantes, todos alinhados com Trump: Arábia Saudita, Paquistão, Egito, Hungria, Indonésia, Uganda e outros.

Campanha eleitoral

Durante a campanha eleitoral, a decisão de retirar o Brasil da lista internacional foi discutida por Lula. A discussão gerou alvoroço por parte dos evangélicos, fazendo com que Lula manifestasse sua opinião pessoal e política sobre o caso, referindo-se como uma pessoa que é contra o aborto.

Durante a campanha dos candidatos Bolsonaro e Lula, este foi um tema que Bolsonaro esteve em vantagem, fazendo com que Lula precisasse se redimir acerca do posicionamento.

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