Mais de 200 milhões de pessoas que usam o Deezer tiveram dados expostos na internet
Foram expostos dados pessoais dos usuários que têm acesso à plataforma: e-mail, data de nascimento e outras informações importantes.
O mês de janeiro mal começou e já trouxe problemas para o Deezer. Na primeira segunda-feira do ano, 2, foi informado um vazamento de dados pelo ‘Have I Been Pwned’. Cerca de 220 milhões de pessoas que utilizam a plataforma musical tiveram os dados pessoais expostos. A invasão alcançou alguns brasileiros e pessoas de outros países. Saiba mais.
Vazamento de dados da Deezer
Foram divulgados os e-mails, datas de nascimento, endereços de IP dos usuários, nome, idiomas e até mesmo o país e a cidade em que os usuários residem. Sabendo disso, a Deezer informou a todos ainda na madrugada do dia 2 de janeiro. Um backup do dia 22 de abril de 2019 da empresa foi exposto, mas só descobriram no fim de 2022.
“A violação remonta a um backup de meados de 2019, exposto a partir de um parceiro terceirizado que foi posteriormente vendido e amplamente redistribuído em um popular fórum de hackers”, informaram.
Brasileiros entram na lista dos que foram expostos
Após quase quatro anos do vazamento, só descobriram recentemente que até mesmo os brasileiros fizeram parte da exposição. Aliás, grande parte dos brasileiros. Foram cerca de 37,1 milhões de contas vazadas que conseguiram registrar no Brasil. O país só perde a maior posição para a França, onde 46,2 milhões de usuários foram atingidos.
O Deezer, por sua vez, emitiu uma nota para dar suporte à descoberta:
“Fomos informados de que um de nossos parceiros sofreu uma violação de dados em 2019 e um snapshot das informações não confidenciais de nossos usuários foi exposta”, anunciaram.
A novidade é que a plataforma de streaming musical informou também que não trabalha mais com o fornecedor. Mediante a lei, o Deezer não é inteiramente o culpado da história, mas pode não estar livre de punições. Ao Tecnoblog, o Deezer confirmou o vazamento.
“O vazamento aconteceu quando um parceiro, com o qual não trabalhamos desde 2020, sofreu uma violação de dados. Contudo, nenhuma informação sensível, como senhas e CPFs, foi exposta. Nosso banco de dados continua seguro. Mas sempre recomendamos que os usuários atualizem suas senhas regularmente, para manter seus dados ainda mais seguros”.
Danilo Roque, do FAS Advogados, informou que se um usuário for prejudicado com a exposição de dados, é totalmente cabível a indenização. Para indenizar, será preciso comprovar judicialmente os danos causados.
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