Manter as unhas sempre pintadas pode danificá-las?
Saiba o que é mito e o que é verdade nessa história de que as unhas precisam de um ‘tempo para respirar’.
Pintar as unhas com esmalte é um hábito amplamente difundido entre mulheres de diversas culturas, tornando-se um símbolo de cuidado pessoal e expressão estética.
A prática de embelezar as unhas remonta à antiguidade, com registros do uso de substâncias coloridas nas unhas datando de mais de 5.000 anos.
No Egito Antigo, por exemplo, as classes sociais mais altas usavam tons vermelhos para distinguir sua posição.
No entanto, o esmalte como conhecemos hoje começou a ganhar popularidade no início do século 20, especialmente com a criação do primeiro esmalte moderno em 1925 pela marca Cutex.
Desde então, pintar as unhas tornou-se uma rotina de beleza indispensável para muitas pessoas. Mas, à medida que a prática se popularizou, surgiram dúvidas sobre os possíveis efeitos negativos de manter as unhas sempre pintadas.
Um ditado popular afirma que é necessário deixar as unhas “respirarem” entre uma aplicação e outra de esmalte para manter a saúde delas. Mas será que isso é verdade? Vamos explorar essa questão.
A unha precisa “respirar”?
Unhas pintadas são forma de beleza desde o Egito Antigo – Imagem: reprodução
Contrariamente ao que muitos acreditam, as unhas não precisam “respirar”. Segundo especialistas em dermatologia, unhas são compostas por queratina, uma proteína rígida, e não possuem função respiratória.
O conceito de que as unhas exigem uma pausa entre as aplicações de esmalte para “respirar” é, na verdade, um mito.
No entanto, isso não significa que não haja cuidados a serem tomados. A observação regular da qualidade das unhas é essencial.
Esmaltes de cores muito fortes, por exemplo, podem causar manchas nas unhas se mantidos por períodos prolongados.
Além disso, o uso contínuo de qualquer tipo de esmalte pode resultar em manchas brancas, conhecidas como calcificação, provocadas pela retenção de umidade sob o esmalte.
Para evitar esses problemas, especialistas recomendam permitir que as unhas cresçam completamente sem esmalte.
Esse processo pode levar até seis meses para as unhas das mãos e de 12 a 18 meses para as unhas dos pés.
Tal prática não só ajuda a eliminar manchas como também permite que eventuais problemas, como infecções fúngicas ou outras doenças, sejam detectados.
Não é o esmalte, mas seu uso
Embora o esmalte em si não seja prejudicial, a maneira como é aplicado e removido pode ser. Retirar o esmalte inadequadamente, como raspando a superfície da unha, pode gerar desgaste no esmalte natural das unhas, tornando-as mais frágeis.
Da mesma forma, o uso frequente de removedores à base de acetona pode ressecar as unhas e deixá-las mais propensas a quebras.
Para minimizar esses riscos, é aconselhável aplicar removedores de esmalte menos agressivos e manter as unhas e cutículas hidratadas entre as aplicações de esmalte.
Massagear um hidratante nas unhas ajuda a manter a flexibilidade e a resistência das unhas, prevenindo ressecamento e desgaste.
Além disso, é crucial observar a aparência delas após remover o esmalte. Qualquer alteração na sua cor, textura ou forma pode ser um sinal de alerta para problemas de saúde mais sérios que podem ser mascarados pelo esmalte, como inflamações, infecções ou até câncer de pele.
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