Manuscrito medieval revela descoberta de raro fenômeno espacial; entenda
Hoje temos diversos dispositivos tecnológicos e conhecimento científico o suficiente para observar quando ocorre um raro fenômeno espacial, mas nem sempre foi assim.
No passado, diversos estudiosos foram capazes de reconhecer e documentar vários acontecimentos astronômicos com ferramentas rudimentares, se comparadas com as atuais.
Um desses registros pode ser encontrado em um manuscrito medieval datado de 1217. O documento pode ter sido o primeiro conhecido sobre um fenômeno chamado de “nova recorrente”.
Segundo os estudos atuais, esse evento ocorre sempre que há a morte de uma estrela, o que acaba por gerar várias explosões de luz em intervalos regulares.
Dessa maneira, podemos entender que, mesmo com a falta de equipamentos ou conhecimento, o ser humano já estudava e lidava com este tipo de acontecimento há séculos atrás.
Isso indica, portanto, que, apesar de não terem explicações científicas, os pesquisadores da época faziam também os seus relatos sobre eventos astronômicos.
Veja o que foi encontrado no manuscrito
Conforme avaliado pelo astrônomo Bradley E. Schaefer, da Universidade do Estado da Luisiana, o raro fenômeno espacial foi verificado por um monge alemão. Este descreveu o brilho provocado pela explosão de uma estrela em 1217.
O manuscrito foi escrito pelo líder da Abadia de Ursberg, Abbot Burchard. Ele relatou que “um sinal maravilhoso foi visto”, referindo-se à nova recorrente.
Além disso, ele reforça dizendo que o objeto observado nos céus “brilhou com grande luz por muitos dias”, indicando que o ocorrido foi vislumbrado durante um período extenso.
Segundo as pesquisas sobre o manuscrito, o monge pode ter se referido a T Coronae Borealis (T CrB). Esse corpo está presente na constelação de Corona Borealis e aumenta seu brilho de forma drástica durante cerca de uma semana a cada 80 anos.
(Imagem: divulgação)
O que mais se sabe sobre o avistamento do raro fenômeno espacial
Segundo o pesquisador informa, muito provavelmente a imagem vista não se tratava de um meteorito ou uma supernova.
No caso do meteoro, ele era visto por monges como um sinal de desgraça e dificilmente seria descrito com “maravilhoso”.
Também não é possível que o raro fenômeno espacial seja uma supernova, pois este evento causa reações muito violentas. Por isso, seria possível notar seus resquícios até hoje.
Até então, o avistamento do fenômeno só foi registrado duas vezes ao longo da história. A primeira, durante o ano de 1866, e a segunda, em 1946. O manuscrito foi a terceira vez que uma nova recorrente foi documentada.
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